A 27 de novembro de 1935, morando em Copacabana, fui despertado às 4 da madrugada pelo telefone. Minha mãe, minha irmã e dois primos que eram irmãos adotivos, estavam numa casa na esquina da rua Ramon Franco, na Urca, que recebeu balaços do tiroteio no quartel do 3º Regimento. Ficaram horas deitados no chão para não serem atingidos pelos tiros. Só à tarde, consegui chegar até lá. Vi a destruição e ainda assisti à retirada de alguns feridos. O edifício antigo de uma exposição internacional onde estava localizado o Regimento ainda ardia em chamas.
Não só devemos lembrar o morticínio mas os cem milhões de mortos ou mais que o comunismo provocou no século passado, sem esquecer que os 50 milhões mortos na IIª Guerra resultaram do acordo Molotov-Ribbentrop de agosto de 1939 que juntou os dois grandes totalitários na tentativa de destruir o Ocidente democrático.
Não esqueçamos tampouco os milhões que morreram de 1945 a 1989, na Guerra dita Fria - Coréia, Vietnam, Cambódia, Hungria, Tchecoslováquia, Angola, Chile etc. Usemos contra esses bandidos exatamente o mesmo slogan que eles usaram na Guerra Civil espanhola, ‘no pasarán!’.
Lembrai-vos de 35!”
(Texto recebido por e-mail do Embaixador José Osvaldo de Meira Penna, em 27/11/2003.)
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"Kamaradas
Hoje, pensei que seria o único a ir ao Monumento dos Caídos. Fui surpreendido com uma solenidade. Presente uma representação das 3 Forças (cerca de 300 ou 400 militantes), uma banda de música do Exército. No palanque de autoridades cerca de 20 generais da reserva, cujos nomes foram lidos antes da cerimônia, entre os quais os generais Castro, Cardoso, Lessa, Denis Bayma e outos cujos nomes não guardei.
Uma senhora, filha do Capitão Danilo Paladini, acompanhada dos três chefes militares da área e do general Bayma Denis, colocaram uma corôa de flores no monumento. Foi lido os nomes dos 31 assassinados na Intentona, leitura entremeada por salvas de canhão e toque de silêncio pela banda. Foi cantado o Hino Nacional, lida a Ordem do dia do comandante do Exército e encerrada a cerimônia, que teve início às 09:00 hrs.
A imprensa, que foi avisada da cerimônia NÃO esteve presente. Presente apenas um órgão de comunicação, o Ombro a Ombro, na pessoa do Cel Schirmer e a Ong Ternuma, representanda pelo Cel Juarez.
Aproveitei para dar um abraço no meu amigo general Castro.
Azambuja"
(Texto recebido do Ternuma, Thu, 27 Nov 2003 16:52:46 –0200)