Sem a menor sombra de dúvidas, a televisão está entre os maiores M.C.M (meios de comunicação de massa) do mundo. Formadora de opiniões, ela é capaz de influenciar até o mais sagaz dos críticos, pois todos os sujeitos estão condicionados direto ou indiretamente a essa força social, que segue ditando regras e valores sociais. O célebre teórico Charles Sanders Peirce, autor dos estudos de Semiótica dizia: “vivemos num mundo de forças que atuam sobre nós, sendo essas forças, e se não as transformações lógicas do nosso próprio pensamento, que determinam em que devemos, por fim, acreditar”. São essas forças externas que acabam por produzir os pensamentos que construímos, também toda a lógica ou “genialidade” que produzimos, e por fim nossas idéias são frutos daquilo que não estão em nós, nem na nossa imaginação, mas sim nessas forças externas.
Somos todos levados por essas forças, nesse caso a televisão, a crermos que aquilo que ela nos impõe seja a verdade absoluta. Contudo, quando fazemos uma reflexão mais minuciosa, percebemos que isso não é verdade.
Para exemplificar com clareza o que foi falado, posso citar o fato dos Estados Unidos invadiram o Iraque recentemente com a verdade de que Saddam Hussein guardava armas de destruição em massa no seu país e que assim, o ditador representava se não o maior, mas algo perto disso, como um grande líder terrorista. Mas a pergunta que fica é, isso é verdade? O ditador iraquiano é o que diz ser os Estados Unidos e seus aliados? Acabou que as atitudes de Saddam para com seu povo “justificaram” a guerra, mas a verdade imposta pelos E.U.A não foi esclarecida ou muito menos teve procedência no que foi de ante-mão anunciado. Mas como praticamente quase toda massa de qualquer país não é bem esclarecida, ficou por isso mesmo e a verdade, fragmentada pela farsa das armas químicas, vingou. A verdade foi diluída entre interesses mesquinhos e vingativos. Essa guerra teve na verdade um descarrego de ódio do 11 de setembro nas torres gêmeas. Teve um sentimento de complexo de Édipo, mascarado num tom de vingança, para realizar o que George W. Bush pai não conseguiu, que foi retirar Saddam do poder. Teve interesses petrolíferos. Teve a perda financeira por parte do E.U.A, que com a valorização do Euro e desvalorização do dólar, o petróleo iraquiano passou a ser negociado na moeda européia, causando furor financeiro nos estadunidenses. Também a recessão nos Estados Unidos que levou várias empresas norte americanas à falência.
Os meios de comunicação de massa usam a “verdade” de acordo como lhes convém, falseando a verdade absoluta de praticamente toda a massa. Essas instituições são capazes de produzir na grande maioria das vezes (para não dizer todas), falsas verdades como verdades absolutas para justificar suas ações e interesses.