Ambos funcionando como matriz de fundo na qual um de nós assume como naturais os muros a que somos submetidos como sujeitos modernos. O poder disciplinar age sempre sobre algo que tem vida ou seja, algo que ocupa um lugar no espaço e existe num tempo finito.
Conclusão: Há domínio do poder como uma ação sobre outras ações, e as técnicas envolvidas no poder disciplinar operam necessariamente num espaço e num tempo determinados.
Várias práticas e vários artefatos que foram se firmando na escola moderna, servem de bons exemplos do caráter relacional do espaço ocupado pelos corpos infantis.
O resultado da combinação desses elementos é que o poder disciplinar não atinge um corpo livre no espaço.
O tempo
Assim como o espaço, é preciso que o tempo em que se dão as experiências individuais siga uma ordenação:
1º É preciso que o tempo seja individualizado, ou seja, separado tanto do tempo físico ( vida ) quanto do tempo social.
2º O tempo a que o corpo se submete deve ser fracionado. No âmbito escolar isso e’feito através dos horários, os quais possibilitam tanto o controle minucioso sobre as ações quanto a repetição cíclica dessas ações.
3º O tempo subjetivado permite tanto um controle minucioso sobre os movimentos do corpo quanto uma mais eficiente articulação entre esse corpo e os objetos que o circundam.