Se muitos pregam os direitos das tradições ianomamis, umbandistas, espíritas e "até" dos homossexuais, porque é que eu não posso pregar os meus valores, né, que são muito superiores a esse tipo de coisa, né, seu Feliz Maior?
Será porque foi a minha tradicional crença em propriedade que legitimou o roubo das terras e subseqüente extermínio dos indígenas nas américas? Será porque minha tradicional religião cristã andou exterminando gente a torto e a direito por pura intolerância? Será porque hoje minhas tradicionais tradições são tão demagógicas que só servem para ser usadas como um tipo de coerção moral?
Será porque meus valores familiares não respeitam a individualidade alheia, querendo impor aos homossexuais tratamento patológico de que elas não necessitam? Será que é porque eu sou intolerante? Porque embutido em tudo o que prego existe uma segunda intenção nunca explicitada? Será que alguém percebeu?
Será que eu sou paranóico? Ou todo mundo está realmente está rindo da minha cara?
Sobre o artigo "Para Beatriz Ferraz abrir no natal" de Felix Maier, o Feliz Maior, tio do Feliz Menor.