0000ff> ffffff size=4>NATAL ?!... ffffff size=4>É acreditar na realidade impossível 
ffffff>Abbé Pierre ffffff size=2>Realidade impossível?! É, por exemplo, conseguir colocar uma cidade sem extremados da vida a pedir esmolas e a dormir nas ruas, desde que a esses pobres não seja imposto o sacrifício da reabilitação subserviente em "troca de". Trata-se de uma tarefa medonha que exige profundo conhecimento universal sobre a inviosidade humana e sobretudo impõe doação absoluta. ffffff size=2>E, em prosseguimento óbvio, que medidas haveriam de tomar-se logo que se constasse que na cidade tal se logrou tamanho desiderato?... Embora pareça que estamos a educar as crianças sob sóbria e razoável capacidade, não procedemos ainda com bastante eficácia e sequer aplicamos métodos capazmente satisfatórios. O dique óptimo da existência humana mantem-se em permanente ruptura. ffffff size=2>Hoje, interroguêmo-nos, quem são os homens da guerra, quem são os adultos que levam uma vida paradisíaca e estão deveras indiferentes à tragédia vivencial de grande parte da humanidade? Interroguêmo-nos mais ainda: quem era essa gente em criança e como foi pois educada? Onde residirá o ponto ascensor que transforma uma criança num adulto de facto déspota que evoca constantemente altos valores morais através dos quais logra a devassa e extravagante vivência que usufrui?... ffffff size=2>De quantos Abbés Pierre precisa o mundo hodierno, não pelo lado da caridade urgente, mas sim pelo cálculo antecipado da obra que evitaria a caridade física?... ffffff size=2>Eu acredito pois na realidade impossível e no entanto sei que nem tempo me resta para que tenha a satisfação de vê-la enfim nascer. Seria demasiadamente além do Natal que espero... O meu definitivo e tranquílo Natal. ffffff size=2>António Torre da Guia = Portus Calle |