ffffd5>A seu e devido tempo explicarei claramente ao que virei e pretendo, quiçá para obter enlevante prazer espiritual doado em troca do "nada-tudo" que almejo, como se de um par autêntico de asas fosse para voar intimamente... Voar... Voar sobre este cada vez mais temível "chão" que me prende os pés e me embaraça as mãos.
Para já e só do "Que belo!..." - "Je t aime... Mon amour!..." ficará para mais tarde - referirei, transcrevendo o exacto, mas expondo a meu modo, sem maiúsculas e sem pontuação, deixando que o "verso-a-verso" concretize o sumo das expressões e a poesia flua ao gosto de quem lê:

para nascer
dilato
rebento
furo
para comer
mordo
corto
retalho
dilacero
faço desaparecer
para amar
abro
aperto
prendo
penetro
e nem após morrer
fico inofensivo
quieto
e daqui
vem-me o saber
de que nem toda a violência
é inutilmente destrutiva
também há a natural
e a essencial à vida


José Sousa Vieira
Ora, pois, se deveras seriamente gosta, aprecia e no fundamental sabe o que é Poesia, mais gostará, apreciará e saberá o que essa magnífica Coisinha é: essencial companhia acima do próprio tudo que cada raciocínio conceba.
Sobre José Sousa Vieira escreverei mais adiante, logo que me decida e ache oportuno esplanar o conteúdo que quero equacionar e transmitir. Por agora, vá, leia uma vez mais o poema que lhe trago, medite e acrescente sobriamente umas gotinhas de Usina, à guisa de unguento complexamente diverso, para que o aquilatamento deslize aprazível quanto possível e sobretudo a razão se encaixe esplendidamente no fim.
Um Bragal Saravá.
Torre da Guia = Portus Calle
PS = Não quero nada de Deus... Nem do Diabo. São os dois iguais!... Gosto de todos os animais, gosto e desgosto de pessoas. Há algo mais? Há?!...