1) Não entrar. Seríamos uma imensa ilha isolada do restante do continente (como nuestros hermanitos de Sierra Maestra). Investimentos externos? Com livre mobilidade de recursos no restante do continente, o Brasil tornar-se-ia o local mais caro do continente para se produzir qualquer coisa. Opções: mercado interno (investimentos? políticas? recursos?) ou então, só virando um paraíso fiscal na caradura...E boa sorte aos que crêem ser possível ao Brasil se desenvolver comerciando apenas com China, Índia e África...
2) Entrar. Venceríamos a batalha e perderíamos a guerra. Nossos ganhos nos setores agrícola etc tendem a ser largamente DEScompensados pelas perdas nos demais setores nos quais não temos chance de competir com nosso "grande irmão" do Norte nem com o Canadá. Nem temos as (des)vantagens comparativas da fronteira, caso do México. E nossa mão de obra, acreditem, é mais cara do que a média do continente. Em termos de mão-de-obra qualificada, não teríamos chance contra o Norte.
Em suma: está errado o governo Lula em buscar um acordo que seja, no limite, o melhor que se pode ter num tal contexto (minimizar perdas, maximizar ganhos potenciais)? O que indica que "chutar o balde" das negociações seria melhor?