Nas casas vêem-se as luzes multicoloridas a piscar esperanças de um mundo, talvez, mais humano...
Sim... Mais humano... Onde as criaturas se elevem acima de suas mazelas de intrigas e de pesares vãos que fazem perder a beleza de sua magia transformando-se em ranços nada dignos de uma data de amor...
O Natal é assim...
Faz esconder desatinos, pois descobre, nos íntimos, o exílio de sentimentos nobres, dos quais todos os seres são dotados e lhes traz à tona toda a ansiedade contida que se assoberba neste cenário todo AZUL, com ondas vermelhas de calor, fazendo-nos pulsar o coração em ritmo de melodias mil!
E o amor se estabelece...
Para que o ser humano sinta que ele é um produto notável d’ Aquele que o criou com a certeza de que o “auto-acabamento” dar-se-á no momento exato de sua Grande Profecia: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, TANTO QUANTO EU VOS AMEI...
E no Céu, tudo é LUZ...
Os anjos, em cânticos maravilhosos, proclamam suas glórias, dizendo que nem tudo está perdido. Pois há, em cada ser, uma criança a despontar, na certeza infinita de que “aquela estrela” ainda pode rebrilhar...
Na Terra, tudo AMOR...
As carências se atrofiam e põem para fora seus gritos de misericórdia, a exalar apelos de clemência àquele que nunca dorme... Porque sabe, de antemão, que todas as suas criaturas serão redimidas.