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Artigos-->O trem, o vento e o som -- 15/12/2003 - 17:28 (Alceu Silva Santinho) |
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Eu sempre fui incapaz
De dedilhar um único
Acorde ao violão
Embora o calor, a noite e o luar
Sempre me convidem
Para alguma canção.
Nós ali na praça Machado de Melo
O vento da madrugada
Trazendo a zoada do trem
Que já ia lá longe.
Isso: o barulho do trem
Chegava até nós com o vento.
Aquele barulho sincopado
Batia-me fundo na alma:
- eu lembrava das noites
perdidas lá no fundo da memória,
quando eu, bem pequeno viajei
com meu pai lá pelo Mato Grosso.
E nem a cerveja que nós bebíamos
Nem a maconha escondida lá no centro da praça
Nem a imagem do mar arrebentando na pedra
Nem a possibilidade da aurora
Rompendo do lado oposto ao vento
Nada me consolava nada diminuía a minha dor.
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