c00000>Trinta e poucos anos volvidos sobre o desaparecimento físico de António de Oliveira Salazar da chefia do governo de Portugal, suscita-se-me referenciar aquele que foi um dos maiores cérebros e mais fortes personalidades da história humana, um homem de génio que salvou Portugal da decadência e da indigência, restaurou-lhe o prestígio e recolocou-o nos trilhos da sua missão histórica. O estrangeiro reconhece-lhe o estatuto de estadista de craveira excepcional para quem os interesses e direitos de Portugal estiveram sempre acima de tudo, um português de lei, exemplo de integridade, derradeiro cruzado e profecta do Ocidente. c00000>
O Portugal de Salazar foi uma Nação grande, repartida por quatro continentes, com incalculável importância geoestratégica e grandes responsabilidades históricas. O Portugal de hoje, feito à mão da imbecil caneta de um apátrida, é tão só um minúsculo e exíguo rectângulo sem qualquer séria influência política.
O Portugal de Salazar foi uma Nação independente com autonomia de julgamento e decisão. O Portugal dos nossos dias abdicou da soberania e esmera-se na obediência à cartilha de preceitos estrangeiros.
0 Portugal de Salazar foi inflexível na defesa da população ultramarina contra terroristas assassinos. O Portugal abrilino abandonou a mesma população à sanha dos seus algozes em permanente luta fraticida.
O Portugal de Salazar defendeu a dignidade da pessoa humana, garantiu a ordem e a segurança entre os seus cidadãos. 0 Portugal da actualidade considera a dissolução do carácter e as aberrações morais como exercício da liberdade, condescendendo com desordeiros e militantes biltres.
O Portugal de Salazar dotou o país de infra-estruturas, promoveu a sua industrialização e protegeu os sectores-chave da economia, integrando-o paulatinamente nos espaços económicos de livre-comércio. O país gerado pela abrilada, arruinou as estruturas económicas e preside alegremente ao desmantelamento da indústria, da agricultura e das pescas, segundo o receituário do mundo global.
O Portugal de Salazar entendia a política como instrumento ao serviço da colectividade e o poder como missão de servir os cidadãos. No Portugal vigente, a política é tão só um estratagema para a satisfação dos interesses egoístas de pessoas e grupos, enquanto o poder passou a ser interpretado como o direito de servir-se de tudo e de todos.
O Portugal de Salazar cultivava a nossa História, homenageava os nossos Maiores, condecorava os Heróis da Patria. O Portugal abrilino expunge a nossa memória, ignora os nossos Maiores e exalta os traidores à Pátria.
Diante de tanta traição, tanta apostasia, tanta ignomínia, tanta passividade e tanta dissolução do carácter nacional, cumpre inquirir se o consulado de Salazar não foi - "somente" uma barragem temporária contra o declínio inelutável da nação portuguesa. Afinal, se os portugueses se estão nas tintas para a sua nacionalidade, se bem se sentem na companhia dos traidores à Patria que amputaram largas parcelas do seu território e promoveram a imolação de milhões de inocentes, se também se contentam em comer pelas mãos de estrangeiros, se regozijam com afrontas à sua História e aos Maiores, se genufletem sorridentes diante daqueles que nos querem dominar, diluir e absorver - então os portugueses têm o destino que merecem. "25 de Abril", Maastricht, Shengen, Amesterdão, regionalização, iberismo, mundialismo, são apenas etapas da viagem para o aniquilamento físico da Nação, tornado possível - exclusivamente - pela decomposição programada do carácter nacional.
Registo aqui a memória de Salazar e a saudade que este homem providencial deixou nos corações onde ainda vibra o nome de Portugal. Em decepcionante confronto, avalie-se a perspectiva oferecida pelo "espectáculo" deste último quarto de século, o que confirma e amplifica a genialidade de Salazar.
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