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Artigos-->Professor Dias da Rocha -- 25/08/2001 - 15:43 (Sathanael Kaprino Sobrinho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Professor Dias da Rocha



Professor, Perdoai-lhes, mas eles sabem o que fazem. São coisas dos "podres poderes", como diria Caetano. Um usurpador se apossou de sua Loja Maçônica, obedecendo ordens espúrias de um outro autoritário. Ou de um ditador, como tão bem afirmou o Aprendiz Roberto Araujo, e, por isso, foi suspenso por três anos, sem direito a processo e a defesa. Quanta tristeza, professor. Mas de um coisa fique certo, o Irmão Brizeno não tem culpa por insistir com o seu respeitado nome para patrono da Loja.

Foram muitas as sugestões para batizar a Loja. O Irmão Diogo preferiu o nome Loja Luz da Esperança. Num passado recente, perdeu a esperança com a Fraternidade. O interventor/usurpador, na intimidade da própria escuridão, agrediu verbal e moralmente o Irmão Diogo. A agressão física não se consumou porque outros Irmãos não permitiram. Todo o vergonhoso vexame, no meio da Av. do Imperador - 145 (em frente ao Império do Reino do Nada), após o término de uma sessão maçônica.

Como faz falta o aprendizado maçônico. Destruiu uma amizade de mais de quatro décadas. Hoje fica fácil entender porque o irmão foi escolhido para usurpar a direção da Loja. O "seu Neto", grão mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará-GLOMEC queria alguém que tivesse o seu próprio perfil autoritário, capaz de passar por cima de qualquer amizade. Queria alguém que fizesse algo parecido ao que foi feito ao João Lima, ao João César, a Gregório, a Eduardo, a Paulo Ferreira, a Paulo Vale, a Onildo, a Tadeu Nascimento, a Anísio, a Roberto Araujo, a Laércio, a Gaston, a Alfredo Nunes, a Geovani, a Jean e a tantos outros.

Professor, a amizade fraterna foi para o espaço. O interventor preferiu servir ao despotismo, a dialogar com os irmãos que construíram a Dias da Rocha e aos que por lá chegaram depois. O hino da fraternidade brasileira - a Canção da América - nos ensina que "amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves e no lado esquerdo do peito". E nós, maçons, onde devemos guardar nossos Irmãos? O que vale uma amizade construída na Maçonaria?

Mas professor, pra dizer a verdade, nós sabíamos muito pouco sobre a riqueza de sua vida científica. Além do seu, outros nomes foram sugeridos. Dom Helder Câmara, foi idéia do Irmão Castelo; Albert Sabin, do Julio Cal; Madre Tereza de Calcutá, do Luiz Ferreira. Depois, vieram Paulo VI, João Paulo II, Irmão Rui Farias, Irmandade Justa e Perfeita, Justiça, Honestidade e Perfeição, Luz Fraterna, Pe.Diogo Antonio Feijó e Guardiãs da Arca da Aliança.

Sufragaram o nome de Dom Helder Câmara os Irmãos Cuellar, Castelo, Luiz Ferreira, Avelino, Luiz Carlos, Gonçalves, Elia, Ivancy, Bosco, Hairton, Julio Cal e Honório. Mas o espírito do "Amarelo" baixou e ficamos com medo da controvérsia que causaríamos. É ai, professor, que o seu nome entra nas nossas vidas. O Irmão Brizeno, com persistência, nos traz informações, apresenta trabalhos sobre sua vida e no meio de tantos homens que fizeram melhor o século XX, escolhemos um deles, aqui do Ceará. Em 26.02.1985, encerramos definitivamente a nossa própria polêmica: dez irmãos, lá no auditório de treinamento da Rffesa, votaram a favor do seu respeitável nome.

E terminamos homenageando um Irmão que entregou sua vida à pesquisa científica e doou à ARLS Porangaba um terreno, onde hoje está erguido um prédio reformado com o dinheiro do PEMAC e sem autorização dos legítimos donos do pecúlio. O Irmão Castro mexeu nesse vespeiro. Mostrou, contabilmente, que os recursos do PEMAC estão sendo usados indevidamente. Vieram uns anjos decaídos, generosos e samaritanos, tocando suas trombetas distorcidas, com suas vozes caladas, cansadas e roucas, em defesa da obra do construtor, e num gesto tão humano, encontraram três pregos para crucificá-lo.

Professor, querem nos ensinar com se diz

Mentiras! Como as Grandes Lojas e a maioria das Lojas, a Dias da Rocha é fruto de desentendimentos. O elo 28 foi quebrado porque na Euclides Cesar o terreno era pedregoso e a vegetação muito rasteira. O poder naquela loja era renovado como no grão mestrado: um mesmo irmão dirige por anos a fio, como se os demais fossem apalermados. Alguns, depois, até ficaram. Indenizaram um ex-dirigente da Euclides Cesar, desses bem tolos que não se criam, com parte do terreno da Loja, situado no Icaraí. Um golpe de mestre instalado.

Professor, assim como o Castro, que não pede de joelhos e não vai ao Genuflexório, um grupo de irmãos da Euclides Cesar mostrou aos dirigentes da época que nem sempre se pode ser Deus. Com coragem, mostraram que não foram Iniciados para o engôdo. Um pronunciamento em 18.11.1983, uma representação datada de 13.06.1984, um documento às luzes, de 10.08.84 e o pedido conjunto de quit-placet, em 24.08.1984, culminaram com a postulação do venerável, do de honra, dos vigilantes, do orador e do secretário requerendo a expulsão de onze obreiros daquela loja, dentre eles, o irmão que, quinze anos depois, em agosto de 1999, usurpou o Malhete da Dias da Rocha - 72, hoje, um simples martelo pendurado no tempo.

Era uma época em que a Grande Comissão de Legislação e Justiça amava o próximo,

dizendo a verdade. Não era daquelas que só falavam o que o rei mandava. Em parecer datado de 09.01.1986, sobre o pedido de expulsão de Paulo Roberto, Claudio, Luiz Carlos, Castelo, Cuellar, Elia, Bosco, Gonçalves, Julio Cal, Brizeno e Diogo, assim se manifestou conclusivamente: "Maçonaria é culto permanente à seriedade. Por isso mesmo, não há de se mergulhar, desatenta, nas torrentes desagregadoras de paixões, ordinariamente, cultivadas na vida profana. Ao exposto, salvo melhor descortínio sobre o assunto, deve a representação, urdida em contumélias, ir para a solidão do arquivo".

Professor, a intervenção na Dias da Rocha mostra que esse culto permanente à seriedade anda meio em falta na Glomec. Outros fatos nos fazem crer que tal culto é a hipocrisia de corpo e alma, uma falácia. Onde está a seriedade no que foi feito a Paulo Ferreira, a Roberto Araujo, a ARLS Acácia 20 de Agosto - 71, a Castro, a Bosco, a ARLS João Lima dos Santos e a tantos outros Irmãos que teimam em falar o que ninguém ouvia, mostrar o que não se via, mesmo andando na contramão?

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