Relembro aos irmãos, algo que nunca deveríamos esquecer, o ritual da Iniciação. Invoco aquele par de luvas brancas, que o Venerável dá ao Neófito com a seguinte observação: "Pela sua alvura, (...) vos lembrará que nunca devereis manchar vossas mãos nas impurezas do vício e do crime. (...)". A doutrina maçônica é cheia de símbolos fortes, esse é um deles. Se refletíssemos mais no que aprendemos, na riqueza de ensino das nossas reuniões, com certeza jamais precisaríamos tratar do assunto que é objeto deste nosso escrito.
Estamos quase no limiar da votação que escolherá o Grão-Mestre que vai dirigir os destinos de nossa Grande Loja no próximo triênio. Se a autoridade do Grão-Mestre estivesse circunscrita apenas à parte Litúrgica, Ritualística, Simbólica de nossa Instituição, não haveria maiores preocupações. Dizemos isso, porque essa autoridade está bem traçada nos seus limites em nossos Rituais, Antigas Leis, Landmarks, Usos e Costumes. Já não podemos dizer o mesmo no que se refere à parte administrativa, desde que cunharam a expressão: “Grão-Mestre pode tudo” a Legislação Maçônica virou letra morta. Embora não escrito, esse 26° Landmark vem sendo invocado com mais frequência do que a desejada, infelizmente, só para justificar o desrespeito à nossa legislação, as injustiças cometidas contra Lojas e Irmãos e fundamentar os abusos de autoridade.
Tome-se como exemplo o PEMAC, repito soletrando, P-E-M-A-C, esse Fundo Especial que se destina a assistir às VIÚVAS E ÓRFÃOS de nossos irmãos falecidos. Lembro mais uma vez o ensino recebido naquele dia, inolvidável da vida de todo maçon, sem exceção, da Iniciação: “Há maçons necessitados, viúvas e órfãos a socorrer.(...)".
Será que ainda resta algum irmão, pelo menos um, que ainda dê urna justificativa plausível para o que vem sendo feito com os recursos das VIUVAS E ÓRFÃOS, pelo Grão-Mestre de Honra Ad Vitarn, Nataniel Carneiro Neto, desde 1995, quando assumiu pela primeira vez o Grão-Mestrado?
Primeiro, descumprindo o Regulamento Especial do PEMAC, especialmente em seu Art. 4", que proíbe qualquer aplicação daqueles recursos fora do pagamento dos pecúlios às VIUVAS E ÓRFAOS dos nossos irmãos falecidos.
Segundo, mandando alterar os demonstrativos financeiros, Balanços e Balancetes, da GLOMEC para estornar os juros e a amortizacão do principal que o poderoso Irmão Célio Moura, quando Grão Mestre, mandou explicitar no balancete referente ao seu período de gestão.
Terceiro, retirando das demonstrações financeiras da GLOMEC, leia-se BALANCETES E BALANÇOS, qualquer referência aos recursos do PEMAC. Hoje não se sabe mais o que vem acontecendo com os recursos desse pecúlio, o PEMAC. Mais uma vez descumprindo o Regulamento Especial do P-E-M-A-C, que obriga a Grande Loja a publicar, com destaque, a demonstração da evolução desses recursos.
Quarto, além de tomar empréstimos para fazer reformas no prédio da Imperador, o que não é permitido, repita-se à exaustão, jamais pagou um centavo, que seja, de juros.
Quinto, justificando com mentiras, quando procurado por um ex Grão-Mestre, que lhe pediu explicações sobre a utilização dos recursos do PEMAC, e recebeu como explicação que havia sido "para fazer uns consertos na instalação elétrica da Grande Loja, devido a um curto circuito". Será que para se fazer um pequeno conserto na rede elétrica, seria preciso gastar, pelo nossos cálculos, aproximadamente R$408.000,OO(quatrocentos e oito mil reais), só até dezembro de 1999? Outra, para fazer o tal conserto a Grande Loja não dispor de uma pequena reserva para contingências? E a generosa Taxa de Administração, 25% da arrecadação, em que é aplicada? Por que mentir?
Será que isso não é pior que manchar as mãos no vicio e no crime?
Só os pontos acima elencados, já seriam suficientes para justificar a escolha de um outro candidato, e temos mais dois!
Lembram-se daquela famosa campanha, que coletou assinaturas para apresentação de um projeto de lei, de iniciativa popular, contra a CORRUPÇÃO ELEITORAL? Peço ao irmão leitor que leia o programa da chapa Ética e Cidadania, nas páginas 8,9 e lO, ítem 3 REFORMAS. Agora responda: O que ali está descrito, fazer reformas ou ajudar na conclusão de Lojas, com o dinheiro da Grande Loja ( leia-se também os recursos do PEMAC), dispensar taxas, etc., é ou não é corrupção eleitoral? O fato de inserir no programa da chapa é só para lembrar aos irmãos (eleitores) que está na hora de pagarem a conta, retribuindo com o voto!
Tem mais, some a tudo isso as intervenções descabidas e injustas nas Lojas: Acácia 20 de Agosto; Francisco Dias da Rocha; Irmão João Lima dos Santos. Acrescente-se as punições, sem o devido processo legal e sem assegurar o amplo direito de defesa, aos irmãos Roberto Araújo e Francisco Castro, este articulista. Adicione-se a falta de prestação de contas das obras realizadas no prédio da Imperador, sem processo licitatório que assegure a todos os irmãos o mesmo direito de concorrer. Por último, temos toda essa perseguição ao poderoso irmão, Grão-Mestre Adjunto de Honra Ad Vitam, Mário Caúla Bandeira. Lembro mais uma vez, o irmão Mário Caúla, por ser Grão-Mestre Adjunto de Honra Ad Vitarn, está dispensado do pagamento de quaisquer taxas obrigatórias (Constituição da Grande Loja Maçônica do Ceará, Art.48). Por ser ex Grão-Mestre o irmão Mário Caúla é MEMBRO HONORÁRIO das Lojas da Jurisdição, inclusive da sua, não tem que pedir regularização, nem jamais pediu. Todo esse direito lhe foi conferido pela Constituição Maçônica e pela Grande Loja Reunida, o Grão-Mestre não tem competência legal para alterar. Não se venha dizer que o Ato N° 334/00 foi do Alexandre, porque todos nós sabemos que a autoria intelectual é do candidato Nataniel Carneiro Neto. Ele que já havia negado ao irmão Caúla a consulta ao livro de Atas da Grande Loja. Ele que disse a um irmão que queria ver o pedido de regularização do Mário Caúla na sua mesa, que ele saberia o que fazer com o mesmo. Nesses quase vinte e um anos que o irmão Mário Caúla é Ad Vitam, se tem irmãos que não haviam esquecido, que guardaram durante todo esse tempo, o Decreto n° 05/82, como fez o irmão Francisco de Assis Gondim, não se venha com a desculpa amarela e esfarrapada de que a Grande Loja não sabia! É pura perseguição política mesmo! Finalizando eu pergunto: É esse o Grão-Mestre que você deseja? É esse irmão vingativo, destemperado e perseguidor de Lojas e Irmãos que você quer empunhando o primeiro malhete de nossa jurisdição? Chegou a hora de mudar, de renovar n;teus irmãos. Diga não ao CONTINUISMO nefasto que se deseja implantar em nossa jurisdição! O VOTO MAÇÔNICO É A ARMA mais legítima para acabar com esse estado de coisas.