ffffff>Desde sempre, ainda sequer raciocinava sobre isso, que o espontâneo afecto que se transforma em inesperado desafecto, me afecta profunda e assombradamente o espírito. Consoante o maior ou menor peso da relação pessoal estabelecida que entra em ruptura, chego a ficar semanas, meses e até anos em dependente derreio íntimo, como se carregasse comigo incómodo volume enegrecido que me desgasta a alma e me empecilha a vontade. Talvez a esta descrita sensação, na medida de seu grau, ainda hoje há muitíssima gente que a designa empiracamente por embruxamento e, para se libertar de tão penível e penalizador ensarilho psíquico, recorre a curandeiros e a curandices...
Umas vezes, propositadamente ou não e sem tomar em devida avaliação as nefastas consequências que eventualmente resultam, sou eu mesmo que provoco o desenlace e me enclausuro em estado depressivo. Outras vezes, vitimado por atitude simétrica, por mais que matute sobre o estranho desentendimento que ocorre, não lhe vislumbrando causa e proveito plausíveis, adoeço e peno sentimentalmente em indignado espanto. Ora, equacionado o sensitivo estado que a todos os humanos sem excepção ocorre e dele adegrando consciência exacta, resta pois, em princípio, fazer quanto possível para evitá-lo e contorná-lo, ou, por óbvia ilacção prática, consultar com urgência um curandeiro... E, creia estimado leitor, dê para onde der, o especialista espiritual mais perto e que temos mesmo ao cair da mão... Somos nós!...
 Torre da Guia = Portus Calle
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