Estamos em plena Quaresma. Época de reflexão. De pensar em Cristo. No milagre da ressurreição. Milagre, por sinal, que muita gente, até hoje, ainda não acredita. Começou com São Tomé; que, do mesmo modo, só acreditava se visse com os seus próprios olhos. Ver e tocar, para depois crer.
Assim acontece com o milagre do crescimento. Ninguém acredita nele. A menos que se possa vê-lo e tocá-lo. E o milagre do crescimento, enfim, aconteceu; e justamente no Planalto Central, em Brasília, a nossa capital. Deu no jornal. Telma e Louise, dois cervos fêmeas, nascidos de mães diferentes e de um mesmo pai. E um terceiro, um filhote de waterbuck, espécie de antílope. Boas novas!
O milagre do crescimento está em alta no zoológico de Brasília. Apesar do cativeiro a que são obrigados pelas circunstâncias, naquele mundo animal já aconteceram nove partos, somente em 2004, o que representa uma taxa de reprodução em torno de 15%, bem acima do padrão internacional. E tudo graças à virilidade do macho, que não brinca em serviço. De uma só vez, engravidou as duas fêmeas. Sem promessas e sem bravatas. Coincidência, ou não, o nome do veterinário é Luiz, o mesmo do nosso presidente. E o nome do pai do waterbuck é José. Curioso é que a mãe de José não deixa ninguém se aproximar do filhote. Alheio ao comportamento da família, o macho só se aproxima dos parentes para procurar sombra e água fresca. Lembra muito um tal de Waldomiro.
O próximo nascimento é esperado para julho, bem próximo das eleições. Mais uma coincidência: a mãe carrega em sua bolsa, mais um bebê: um canguru de pescoço vermelho. Das cores do PT. Porém, ao contrário do que estamos acostumados a ver, esta raça de canguru é uma das mais férteis do zôo.. As que mais têm contribuído para o milagre do crescimento.