Por escrever, sempre, o que penso e quero, numa total fidelidade à “minha verdade”, percebo que muitos dos que me lêem ficam, de certa forma, intrigados, com a minha ousadia de dizer o que desejo e da forma que me apraz, seja em elogios, críticas ou exteriorização de ojeriza exacerbada a tantos quantos por aqui escarram suas mazelas em frases mal escritas, às quais têm a coragem de chamar poema, artigo, crônica etc.
Daí, talvez, a razão de ultimamente estar sendo alvo de certo grupo de “ateus” que me tem enviado e-mail, no sentido de me convencer de que o misticismo é, por assim dizer, uma fonte de ilusão que pode levar o ser humano à demência de achar que conseguirá coisas além da natureza lógica, fazendo-o depois entrar em descrédito, pela simples razão de que nada existe, além de uma luta insólita e desigual... E que a felicidade real só será alcançada mediante uma visão crua de que tudo acaba, com a morte.
Bem...
Até agradeço a esse grupo que, sem mais nem menos, entra em minha caixa de correio, para alertar-me dos perigos da “fé mística”. E isso decorreu de meu artigo
Uma Reflexão Pascal
onde dou enfoque a algumas passagens bíblicas, entre elas, o adorável “Sermão da Montanha”...
Olha... Já vi de tudo, em termos de seres humanos que se preocupam com os outros, mas, ateus a querer convencer alguém a desistir de sua crença e passar a “não crer” é, para mim, inédito!
Creio que andam confundindo “fé com fanatismo religioso”... Mas eu vejo tanta poesia nas crenças alheias. Adoro analisar certas criaturas cujos semblantes se modificam, pela simples razão de mencionarem o nome sagrado de seus mestres, ou líderes, ou... Seja lá o que for!
Rejubila-me, e engrandece-me, essa multiplicidade de seitas à procura de verdades sobre a Salvação ou a Condenação Eterna...
Pelo menos, enquanto entregam seu tempo e suas mentes e esse exercício, até certo ponto terapêutico, não fazem mal a nenhum ser. Ao contrário: saem por aí, a pregar a palavra divina, com a convicção de que vão salvar a si mesmos e ao mundo...
Não é poético?