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Artigos-->teste2 -- 24/04/2004 - 12:10 (Dolores Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RECANTO DE AMOR





Deitei-me na tua relva,

Bebi do teu orvalho,

Rolei nos verdes vales.



Encharcada de neblina,

Enxuguei-me com o manto da lua,

Brinquei com as estrelas do mar,

Mergulhadas entre corais e areias.



Buscando pérolas róseas

Para enfeitar os meus cabelos.

Tornei-me uma sereia

Revestida por conchinhas de ostras



O mar enciumado,

Abraçou-me com força.

Beijando-me salgado,

Puxando-me com rigor,

Para o fundo do oceano,

No seu recanto de amor.







SOU MULHER



Sou mulher,

Sou feliz e bem amada,

Sou vaidosa, educada.



Sou mulher,

Sou forte e segura, uma fera,

Sou pequenina, sensível e frágil,

Sou radical, fria e calculista,

Sou terna, angelical e inocente.



Sou mulher:

Sou carinhosa e muito amorosa,

Sou volúvel, interesseira e perigosa,

Sou cigana de bando desconhecido,

Sou amiga da morte, não temo o perigo.



Sou mulher;

Tenho um rosto de anjo,

Tenho olhos que enfeitiçam,

Tenho nos lábios veneno mortal,

tenho no meu corpo,

Seu ponto final.



Sou mulher !









METADE DE UMA MULHER





Metade de uma mulher:

Um corpo quase sem alma,

Um coração machucado

Que insiste em bater,

Mesmo que descompassado.



Fazendo-me viver.

Viver para quê?!

Se já não consigo

Fazer ninguém feliz por completo.



Sou apenas

Metade de uma mulher,

No vazio deserto dos alheios olhares

Que fitam e desejam,

Metade de mim...









MULHER ROBÔ





Passado escuro,

Presente deprimente,

Futuro não há.

Só dor, coração pesado.



Arranquei-o do peito,

Com minhas próprias mãos.

Tirei tudo de bom e ruim

Que havia dentro dele.

Deixando-o oco,

Vazio por dentro.



Agora sim.

Recoloquei-o no lugar,

Já nem sinto de tão leve.

Continua a bater lentamente.



Fazendo-me viver,

Está mulher robô

Que hoje sou.









ROSTINHO DE ANJO





Nasci ontem...

Mas, o século já virou.

Eu era um cordeirinho,

Vejam hoje, a fera que sou.



Nesse mundo cão,

Todos têm que aprender a sobreviver.

Por bem ou por mal,

A vida me foi cruel.

Caindo e levantando, aprendi.



Atualmente vejo:

O escuro tão claro,

O maior tão menor,

O mais forte, tão fraco,

O mais sábio, tão tolo.



Muita cautela ao me tocar,

Cuidado no que vai me dizer!

Com esse meu rostinho de anjo

Posso destruir você.









CHUVAS DE AMOR





Um carro lentamente

Comandando a velocidade

De dois corações.

Fortes chuvas sobre o pára-brisa,

Limpando nossas mentes confusas.



Ruas e avenidas percorridas,

Silêncio de vozes e emoções.

Enormes enxurradas

Levando as incertezas.



Estreitas ruas abriam nossas mentes,

Pingos de prata reluzentes,

Mostrava-nos o caminho.



Corações batendo forte,

Almas gêmeas encontram-se

Todas molhadas, encharcadas

Das divinas chuvas de amor.







NEGUE-ME!





Nos seus olhos está escrito

Que me ama, que me quer,

Por isso é que se esconde

Quando olho pra você.



Não percebe a tolice

Desse amor ocultar?

Você tem medo de sofrer,

Por isso não quer me amar.



Não tenha medo do amor,

Nem de dar, nem de receber:

É tudo de mais sublime

Que podemos desfrutar!



Olhe nos meus olhos,

Estão lhe pedindo carinhos,

Olhe nos meus olhos,

Depois... Negue-me, se for capaz !







DECISÃO TOMADA



Correrias de fim de ano,

Euforia de ir viajar, divertir-se,

Esfriar a cabeça, espairecer.

Decisão tomada, viagem constatada.



Ó! que viagem longa eu fiz

Em tão poucos quilômetros.

A chuva fina caia sem parar,

No toca-fitas, uma música suave.



Sua imagem burilando seus pensamentos,

A saudade no meu peito ardia,

Seus carinhos, seus beijos,

O meu corpo pedia...



O negro asfalto da estrada

em alta velocidade seguia meu destino.

Meus olhos no retrovisor do carro,

Olhando para o reflexo de um grande amor.



A nossa música tocava,

O vento soprava meus cabelos.

Por uns segundos senti você,

E sua voz sensual a dizer:

– Meu amor, não vá!







LETRA “F”



Estou num labirinto

Anos e anos.

Já caminhei sem parar,

Já parei para raciocinar,

desesperei-me sem a saída encontrar.



Existem muitas portas,

Todas fechadas e com escritas.

Nenhuma tentei abrir,

Encontrei nelas as mensagens:

Ódio, dor, martírio e tristeza.



Continuei a procurar a saída,

E encontrei outras portas

Com novas escritas:

Amargura, sofrer, desgosto e desilusão.



Até que enfim, encontrei uma

Muito estranha das outras,

Escrita bem fosco, apagado

Quase que não dar pra ler.



Apenas uma letra “F” destaca-se

No início da frase

Então, decidi ser esta

A qual vou abri...









COLAR DE LÁGRIMAS





Acariciando uma rosa no jardim,

Uma das mais belas.

Deparei-me com a tristeza.

A atrevida chegou arrancando-me

Lágrimas dos olhos.



Eu, irada com ela, disse-lhe:

-Não senhora! não vou deixá-la

Que desperdice minhas lágrimas

Cada lágrima que caía,

Eu a catava, e enroscava

Nos espinhos da roseira.



E assim, fui dependurando

Todas as lágrimas

Em formato de círculos.



Sob o reflexo do sol,

Elas brilhavam parecendo

Um lindo colar de cristal.



O qual dei de presente,

Para a mais linda roseira do jardim.







ENXURRADAS





Chuvas fortes, muitas chuvas,

Lá fora, relâmpagos, trovões.

Sobre o asfalto, enormes enxurradas

Levando tudo furiosamente.



Saí e gritei:

- Enxurradas, esperem-me !

Tenho algo para vocês levarem.



Abri as cortinas do meu quarto,

Achei a solidão e a tristeza

Montando uma pirâmide,

Feita de gotinhas de lágrimas

Que fora derramada pelo ódio.



Peguei-os todos, tranquei-os numa caixa,

A tristeza chorando, O tédio brigando com a solidão,

Uma grande confusão na caixa,

Que nos meus braços levei,

E na enxurrada joguei-os

Fiquei toda molhada da chuva,

Minhas roupas encharcadas, coladas ao corpo,

Desenhando minhas formas.



Comecei sorrir e dançar,

Brincando, sorrindo e dançando na chuva,

Encontrei a mulher-menina que sou.









INTEMPÉRIES





Sumiu o sol, O dia escureceu,

O vento parece está irritado

Soprando as negras nuvens,

Que fogem assustadas.



Os arvoredos floridos

Se retorcem em todas as direções.

Galhos quebram-se, flores caem,

Redemoinhos levantam-se

Junto a vermelha poeira do chão.



A chuva começa a cair,

Toda disforme, sem direção.

Lutando contra a força do vento

Que a leva para onde bem entender.



Fortes ventos, tortos zumbidos,

Feridas abertas no chão.



Em meio as ruas e avenidas alagadas

pelas intempéries.

Irritado está o velho “PROSA”



Vulnerável, o imponente córrego

Transborda em fúria.

Os efeitos das chuvas de verão,

Que tão logo vêm,

Se vão...











FAGULHAS DE UMA VIDA





Fagulhas de uma vida

Que resiste em viver,

Pelo sopro da esperança



Salvando o corpo

E redimindo a alma.

Derramando lágrimas cristalizadas,

Quebrando sorrisos em mil pedaços.



Cacos espalhados, suspensos no ar.

Cortam, sangram meus pés.

No vazio de um destino,

Manchas vermelhas de amor,

Marcam meu caminho.



Cacos pontiagudos,

Espetam, ferem minha mente.

Extravasa minha inteligência,

Escorre na boca,



O gosto amargo da ignorância.









SOU...





Sou:

O negro manto da noite,

O brilho do fio da navalha,

O sangue vermelho derramado

No branco lenço da paz.



Sou:

As algemas que prendem,

As correntes que se arrastam,

O chicote que bate...

O gemido da dor.



Sou:

A distância dos amantes,

A desconfiança,

O ciúme doentio,

A briga, a intriga

Que destróe o amor.



Sou:

O sarcasmo do sorriso falso,

A promessa não cumprida,

As lágrimas derramadas

No decorrer de sua vida









SEU DESPREZO





Seu desprezo cortou minh’alma:

Hoje ela chora de dor.

A frieza do seu olhar

Congelou o nosso amor.



Seu silêncio ensurdecedor

Feriu meus ouvidos;

Sua indiferença comigo

Não faz nenhum sentido.



Esconde seus olhos nos meus,

Mas não esconde o tédio,

Que de você apossou

No momento em que me deixou.



Você saiu sem se despedir,

Sequer olhou para trás.

De uma coisa tenho certeza:

– Não me esquecerás jamais.









RENÚNCIA





Tranquei-me na escuridão dum casulo,

Distante de ti me mantinha,

Pensando que te protegia,

Por pouco minha vida não perdia.



Deitei-me na fria cama da prudência,

Cobri-me com o manto da saudade,

Com a cruel flecha da renúncia

Calei meu coração que gritava.



Tu estavas tão longe, eu sonhava,

Que o vento trazia teu perfume,

Sem saber em que direção estavas

E eu morria de ciúmes.



O que fazes aqui agora?

Que pensas tu que sou?

Tu, Ficastes no passado!

Hoje, tenho um outro amor!









LUTA RENHIDA





Insônia, olhos arregalados

Ouvindo só o barulho do silêncio,

Virando-me na cama,

Travesseiros soltos, espalhados no chão.



Levanto-me, tenho sede,

Gosto amargo na boca,

O relógio do tempo que passa,

Anuncia a infinda madrugada,

Que se prolonga na eternidade

De mais uma noite sem dormir.



Meu Deus, o que fazer!

Minha cabeça dói... dói...

As dores se enroscam com os pensamentos

Enrolam, expandem-se,

Flutuam soltos em meu cérebro.



Há uma terrível guerra

Numa luta renhida.

Na minha pequena mente,

Que luta quase sem vida...

Na busca de um sono perdido.









TRAPAÇAS DA VIDA





As felinas unhas da traição

Rasgaram meu coração ferindo-o,

Deixando suas fibras em tiras.



Hoje, já não bate,

Balança lentamente,

Pincelando a alma de vermelho

Que de sem tão cor...



Parece estar morta,

Vencida pelas trapaças da vida.









ALVO INDEFESO





O vento do sopro do ódio retornou-se

Trazendo sua fúria,

Armando terríveis armadilhas

No caminho do alvo desejado.



O alvo se encontra tão frágil!

A alma em soluços, coração sangrando,

Defende-se do inimigo

Que sadicamente o persegue.





Pobre alvo, quase sem defesa!

Há muitos anos atrás,

Sem nenhum preparo,

Sua estrutura, ainda em formação

Fora atingida pelo ódio,

Que a mutilou cruelmente,

Deixando-o sem habilidade e defesa,

Usando apenas sua inteligência...



Rolando nas areias quentes do desespero

Como se fosse uma bola de brinquedo,

Vendo seu alvo indefeso,

O satânico ódio... Sorri ironicamente.







VULTO DA ALMA





Quando minhas mãos trêmulas

Sobre a branca folha de papel

Soltar a caneta.

E solitária rolar-se no chão,

Deixando incompleto um poema.



Será o fim!`

De uma vida de fantasias e sonhos.

Ficando apenas a sombra.



O vulto da minha alma:

Esguio, retorcido, esquecido

No vazio de uma alma

Que vagueia sozinha.



Sem amor, sem carinho, sem sonhos.

Só trevas envolvendo o espaço

Do coração consternado,

Desta criatura

Que amou demais...

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