Era uma cena comovente: um homem encanecido e uma menina. Estavam ligados num forte e carinhoso abraço. Os olhos brilhavam, embora um não pudesse ver os olhos do outro, pois na posição em que se encontravam, o rosto de um apoiado no ombro do outro, era-lhes impossível ver. Mas, silentes, demoravam naquele amplexo terno, carinhoso.
E eu fiquei dando asas à imaginação: era um pai separado que ficara longos anos longe da filha e, agora, revendo lugares e pessoas de sua mocidade, encontrou a filha querida que, na separação, ficara sob a guarda da mãe. Fora omisso durante tanto tempo, perdera contato com aquela criança tão preciosa.
Será que realmente a imaginação corresponde à realidade.