Estou mergulhado em saudades e inquietações. São 17 horas. A tarde é morna e caminha para o seu ocaso velozmente. Tudo se encaminha para um fim, até mesmo a nossa vida, cujo novelo se desata rápida e inexoravelmente.
No computador, no CD Player, músicas se sucedem e os meus dedos castigam o teclado, enquanto a inspiração rodopia e turbilhona, querendo mil coisas a um só tempo.
Cato as palavras num dicionário imaginário, quero frases límpidas, escorreitas, fluídicas.
O pensamento não emperra. Estou lúcido e atento. A música agora fala de shadows, sombras do passado.
Mas, no passado eu não encontro alento, o passado não serve de alento. Para lenitivos da alma o presente é que conta. E o que tenho agora nas minhas mãos e nos meus braços? Nada palpável. Só temores, como se eu estivesse fora do meu equilíbrio, dando pasto às lembranças carregdas de saudosismo que só fazem mal.
Nada me fala do amanhã. Hoje estou cansado e, como disse, meergulhado em saudades e inquietações.
Preciso falar com Deus, conversar sem temores e confiante na infinita bondade DELE.
É absolutamente imprescindível que eu fale com ELE, desabafe tudo que está represado aqui dentro do peito e que me deixa assim...
