Abaixo, transcrevo o artigo que despertou a ira de Ayra Off, "Afro-brasileiro: por que não apenas brasileiro?", dizendo ele(a) que eu poderei ser processado por racismo.
Gostaria que o prezado leitor me alertasse quais são esses indícios criminosos que constam no texto citado, para explicações ou, quem sabe, para as devidas correções.
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Afro-brasileiro: por que não apenas brasileiro?
Encerrada na África do Sul a 3ª Conferência sobre Racismo e outras formas de intolerância existentes no mundo. Politizada ao extremo por radicais islâmicos, que pediam a condenação formal de Israel, os muçulmanos esqueceram de lembrar a pior forma de racismo que pode existir sobre a terra: a escravidão. Hoje, há mais de 100.000 escravos no Sudão, entre cristãos e animistas, que deverão ser vendidos nos próximos tempos a um preço médio de US$ 30.00 pelos islâmicos.
Além dos negros, não devemos nos esquecer dos índios, que nunca aparecem nas estatísticas oficiais, enjaulados que estão como animais em inúmeras reservas indígenas - os bantustões brasileiros.
A seguir, apresento um extrato do meu ensaio "Bantustões brasileiros", em que analiso alguns aspectos da exclusão racial fomentada em nossa sociedade. O escrito apresenta um ângulo racista. Dos negros. (E de outros grupos que se apresentam como se fossem novas "etnias", como meninos de rua, MST, feministas, gays, que pretendem viver em guetos, longe da sociedade brasileira como um todo.)
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Bantustões brasileiros
A África do Sul, durante os governos de Hendrik Vermwoerd (1958-66) e de B.J. Voster (1966-78), criou dez nações tribais independentes, instaladas em área correspondente a 13% do país, onde os negros foram confinados como bichos. Esses enclaves, chamados de bantustões, tinham por finalidade separar os negros dos brancos - a faceta mais hedionda do apartheid. Assim, muito justamente, a maioria dos países passou a hostilizar o governo racista da África do Sul, com boicotes de toda ordem, tornando aquela nação um pária no meio da comunidade internacional.
Com a virada das páginas do tempo após a atenuação da guerra fria, advinda do colapso da antiga União Soviética, e com a ascensão de um novo poder mundial identificado como "sociedade civil" (1), observa-se que o antigo apartheid da África do Sul, rechaçado anteriormente por muitos, extinto de fato durante o governo de Nélson Mandela, está se implantando no Brasil com grande êxito e sob os aplausos dos mesmos que anteriormente se posicionavam contra aquele tipo de discriminação.
Trata-se das demarcações das terras indígenas no Brasil. Um enclave enorme foi criado em nosso país com a demarcação da Área Indígena Yanomami, iniciada pelo então presidente Fernando Collor, sob pressão dos países ricos e inúmeras ONG que proliferam pelo mundo como geração espontânea. Além de colocar em risco nossa integridade terrritorial, criou-se uma "nação indígena" do tamanho de Portugal para enclausurar uma farsa, já que os yanomamis foram uma esperta criação das ONG, como denunciou um coronel do Exército brasileiro (2) que serviu naquela região. Não se sabe ao certo se essas organizações estão realmente interessadas na preservação da cultura indígena ou se estão a serviço dos países ricos, tentando evitar que a região amazônica se desenvolva, para, assim, ficar mais à vontade para praticar a rapinagem de sua riquíssima biodiversidade e dos metais raros encontrados em seu subsolo. Um mapa elaborado pelo IBGE (3) mostra a Amazônia vestida com pele de onça, com manchas espalhadas em todo o seu território, enclaves que tentam confinar os índios em seu estado primitivo, enfim, que tentam fossilizá-los em bantustões, nos mesmos terríveis bantustões da África do Sul anteriormente condenados por toda a comunidade internacional.
Com respeito à África do Sul, a comunidade internacional sempre defendeu o acesso dos negros aos mesmos direitos que os brancos tinham no país. Muitos negros, apesar do apartheid, conseguiram se tornar figuras proeminentes na política local, a exemplo de Mandela, que depois de amargar vinte e oito anos na prisão tornou-se presidente do país. Quem seria Mandela se ele tivesse sido confinado em algum bantustão? Apesar de ser um príncipe da etnia xhosa, com certeza ainda hoje estaria trocando flechadas e zarabatanadas com seu rival Buthelese, da etnia zulu, não teria se formado em Direito, nem governado o país. Por que, então, nós aqui no Brasil queremos excluir nossos índios de se tornarem figuras de destaque, quem sabe futuros senadores, governadores e até presidentes do Brasil?
Sem constrangimento algum, os sociólogos da dialética marxista inventam números. Dizem que no Brasil havia em torno de 5 milhões de índios em 1500. Um número muito redondo e, portanto, bastante questionável, já que Cabral não trouxe nenhuma equipe para fazer o recenceamento. E como hoje estima-se que existam em torno de 300.000 índios nas reservas indígenas, a aritmética que tentam nos empurrar goela abaixo é que o restante foi sumariamente exterminado. Ora, Fafá de Belém, Luíza Brunet, Gilberto Mestrinho e milhões de brasileiros de origem mais do que indígena nos provam que o que houve de fato foi uma extraordinária miscigenação nestes trópicos, ainda que muitos índios tivessem perdido a vida no período da conquista portuguesa. E mesmo os atuais 300.000 índios são um número muito abaixo da realidade, já que não é computado o número de indígenas vivendo nas cidades e em muitas áreas rurais fora dos bantustões brasileiros. Pesquisa recente da UFMG (4) comprova que 45 milhões de brasileiros possuem sangue indígena, desmentindo categoricamente que houve um massacre sistemático de nossos índios. Houve massacres, sem dúvida, mas não na extensão em que é apresentada. Finalmente, convém lembrar que Rondon, descendente de índios, não teria seguido sua brilhante carreira militar, culminando na promoção a marechal, caso estivesse confinado em algum bantustão.
Além da questão indígena acima abordada, há grupos fazendo de tudo para criar em nosso país outros bantustões, além dos bantustões indígenas. São movimentos que pregam a sua própria exclusão da sociedade brasileira, já que procuram se diferenciar das pessoas comuns e instituir um "modus vivendi" próprio, como se novas etnias estivessem surgindo do nada, como o movimento negro, o movimento de mulheres, o movimento dos sem-terra, o movimento de gays e outros, fomentados pelo rancor esquerdista e pelo modo "politicamente correto" de pensar dos americanos do norte.
Há movimentos tentando manter isolados, no interior do país, os negros descendentes de quilombos, desqualificando-os a se integrar à sociedade brasileira, ou impedir que a sociedade brasileira, branca e mestiça em sua maioria, se integre a eles. Os poucos casos de preconceito racial no Brasil são magnificados pelas lupas de organismos negros racistas, que, ao invés de solucionar a questão, apenas acirram os ânimos e a discriminação, ou, no mínimo, caem no ridículo, como foi o caso de uma ação movida por um grupo carioca contra o palhaço Tiririca, que havia escrito uma canção boba e ingênua "Olha os cabelos dela". O próprio governo federal é favorável a cotas para o ingresso de negros nas universidades, copiando a "affirmative action" dos americanos. Com essa "discriminação positiva" tupiniquim, quem seria considerado negro? Somente os pretos ou também cafuzos e mulatos? Não dá para acabar com o racismo propondo uma ação racista. No Brasil, não são os negros os únicos excluídos do sistema educacional superior, porém todas as pessoas pobres, independentemente do matiz de sua pele, para as quais o acesso a uma educação plena é um sonho que nunca será realizado. Movimento Negro Unificado, grupo musical Raça Negra e outros movimentos do mesmo teor apenas conseguem pregar ou sugerir a exclusão racial, pois abrem o precedente de serem criados no Brasil, por exemplo, o Movimento do Orgulho Branco ou algo como Camerata da Raça Ariana, com todos os seus integrantes sendo obrigatoriamente louros e de olhos azuis, descendentes da Renânia, tocando violino Stradivarius.
Ora, não existem ítalo-brasileiros, nipo-brasileiros, teuto-brasileiros nem afro-brasileiros. Apenas brasileiros. Pelé é brasileiro, apenas brasileiro, talvez o mais brasileiro de todos, uma marca registrada mundial, é reconhecido como brasileiro instantaneamente em todos os continentes, assim como são imediatamente identificadas a marca da coca-cola e a figura carismática do Papa João Paulo II. O "negão", como o chamavam e ainda o chamam com carinho seus companheiros de quatro campeonatos mundiais de futebol, com certeza não admite que seja apelidado de afro-brasileiro, uma invenção copiada dos norte-americanos para excluir o negro de sua sociedade, marcá-lo a ferro em brasa, para que seja, como gado, confinado em guetos, sejam eles territoriais ou culturais.
Uma das últimas sandices de que se tem notícia foi a obrigatoriedade dos proprietários do Dicionário inglês Webster de "raspar" algumas palavras consideradas "ofensivas" aos negros. Algo parecido foi tentado por uma deputada distrital do PT durante o governo de Cristovam Buarque no Distrito Federal (época em que foi rejeitada a concessão do título de cidadão honorário a Pelé). O coronel Guerra, por exemplo, teria seu nome mudado para coronel Paz. A polícia seria menos violenta!... Energúmenos acreditam que a retirada do Aurélio de palavras como puta e crioulo iria diminuir a putaria e a discriminação. Os brasileiros livres de ódio e preconceito, que são a imensa maioria, estão cansados de ouvir tanta bobagem. Nada de negritude júnior ou branquelice sênior. Somos todos brasileiros e ponto final.
O MST, para não ficar atrás, também se desdobra por todos os meios para a criação de outros tipos de bantustões em todo o país. Há um sistema de ensino criminoso sendo ministrado em seus acampamentos, onde apenas os "militantes", formados em células socialistas do próprio movimento (5), são capacitados a ministrar aulas. O jornal "O Estado de S. Paulo" denunciou essa "pedagogia do gueto", onde as crianças, como os antigos balilas do fascismo italiano, são amestradas na doutrinação comunista. Nesses acampamentos, 7 de setembro não é Dia da Pátria, mas "dia dos excluídos". Os heróis nacionais não são Tiradentes, Caxias, Tamandaré, Santos Dumont, porém Antônio Conselheiro, Lampião, Lamarca, Luís Carlos Prestes, Marighela. As escolas têm nomes sugestivos como Che Guevara, Mao Tse Tung e outros assassinos compulsivos. Desde a mais tenra idade, as crianças são ensinadas a ter ódio de quem tem uma propriedade e a não respeitar as leis vigentes no país, já que "a lei é feita para atender aos interesses da minoria e não do povo", como prega a cartilha guerrilheira do MST, "A Vez dos Valores". Com o acovardamento dos governadores, receosos da ocorrência de outros "eldorados do carajás", e com a inoperância da justiça, que não garante o respeito à propriedade e não prende os criminosos que matam e destroem benfeitorias, o MST está se tornando um estado dentro do Estado brasileiro, em total desrespeito à Constituição. Ou seja, com a ajuda financeira de muitas entidades nacionais e internacionais, incluindo a CNBB, o CIMI e o próprio governo FHC, que financia o movimento via INCRA, o MST está criando centenas de bantustões no território brasileiro, sem nenhum questionamento de nossas autoridades. Com a técnica da plastinação (6), injetando o moderno silicone gramscista nos mofados esqueletos de líderes comunistas, untando-os com o velho formol da dialética marxista, o MST tenta ressuscitar figuras como Mao Tse Tung, Lênin, Che Guevara, Prestes, Lamarca, Marighela e outros, para reeditar as ações terroristas das VPR e ALN de outrora.
Os movimentos feministas, em franca decadência, graças aos avanços que conseguiram com respeito à igualdade entre os sexos, atualmente se prestam apenas a promover a prática do aborto, afirmando que têm total direito de decisão sobre seu corpo, e que, por isso, podem fazer o que bem entenderem. Ora, uma mulher tem direito sobre o próprio corpo no que concerne em melhorar sua saúde e sua beleza, em não se prostituir, nunca em tirar a vida do feto gerado em seu próprio ventre, que é um ser humano como ela, não um entulho indesejável. Elas têm todo o direito de fazer xixi agora ou daqui a cinco minutos, não de expelir um filho covardemente assassinado como se fosse um cocô.
Movimentos de meninos de rua, após as imagens geradas pela chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, obtiveram amplo apoio da imprensa e de organismos internacionais, conseguindo fazer o milagre da multiplicação de ONG em todo o país, interessadas em passar a mão nos dólares enviados por bobões de todos os cantos do planeta. Embora essa nova "etnia" dos meninos de rua fosse apenas uma invenção fantasiosa, um grupo carioca conseguiu a proeza de receber o prêmio internacional Rei da Espanha, não se sabe até hoje por qual motivo, já que não havia retirado os meninos e as meninas das ruas, pelo contrário, fazia "lobby" para que os mesmos permanecessem nas ruas para concluir o doutorado com os bandidos. Pesquisadores sérios, após alguns cálculos simples, descobriram que no Rio de Janeiro havia mais ONG do que meninos de rua!... A partir de então não se fala mais do assunto.
Já está mais do que na hora de voltarmos a ter um pouco mais de racionalidade nesse assunto de inclusão e exclusão social. Incluir na vida brasileira todos os povos e todas as raças aqui existentes é acima de tudo uma mensagem cristã de amor ao próximo. A única exclusão que deveria ser pregada é aquela relacionada à estupidez de todos os radicais do momento, que apenas promovem tumultos e insegurança na sociedade brasileira e nada têm a oferecer a não ser ranger de dentes, pedradas, ovadas, pauladas e cusparadas de fel. Radicais de todos os matizes deveriam, estes sim, ser confinados em bantustões, bem longe da costa brasileira. Quem vota a favor de mandá-los, sem passagem de volta, para o paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha? Seria um preço muito alto, concordo, mas viveríamos um pouco mais sossegados.
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Notas:
(1) Sociedade civil: denominação utilizada pela primeira vez por Adam Ferguson, em 1767, em seu "Ensaio sobre a história da sociedade civil", no qual discorre sobre as virtudes do homem na sociedade civil, ou seja, a "sociedade civilizada", em oposição ao homem isolado e bruto. O marxista francês L. Althusser, aplicando a dialética hegeliana, afirmou que em cada sociedade há embutidas duas sociedades diferentes e opostas: a sociedade política ou Estado (classe dominante) e a sociedade civil (sociedade dominada ou povo), denominações fartamente utilizadas por Antônio Gramsci, um dos fundadores do Partido Comunista Italiano. Atualmente, a sociedade civil compreende as ONG, organizações comunitárias, associações de moradores, organizações religiosas, partidos políticos, sindicatos, associações profissionais, corporações privadas sem finalidade lucrativa, organizações e instituições privadas, como fundações, escolas, universidades, centros de pesquisa e a organização material da cultura (revistas, jornais, editoras, emissoras de televisão, meios de comunicação de massa, etc.). Segundo Gramsci, é a sociedade civil, em sua "guerra de posição" nos Estados democráticos modernos, que irá levar esses países à conquista do socialismo, ao passo que a "guerra de movimento" ou revolução permanente, na acepção de Marx e Engels em 1850, será adotada contra os Estados absolutistas ou despóticos, ou contra Estados democraticamente fracos.
(2) O livro "A Farsa Yanomami", do coronel Menna Barreto, foi editado pela Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1996.
(3) Veja mapa editado pela FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) e pelo ISA (Instituto Socioambiental), com apoio do MEC e do Pró-Nordeste, escala 1:800.000.
(4) A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo à frente o professor e médico geneticista Sérgio Danilo Pena. A equipe concluiu, ainda, que "a contribuição européia na população brasileira se deu basicamente através dos homens, enquanto a ameríndia e a africana foi principalmente das mulheres (veja o artigo "Pé na Taba", da revista Istoé, edição número 1592, de 4/4/2000).
(5) Em Sidrolânda, MS, o MST e a Coordenadoria Latino-Americana de Organizações do Campo (CLOC) promoveram, em 1999, um Curso de Capacitação de Militantes do Cone Sul, para 44 brasileiros, 21 paraguaios, 17 argentinos, 6 bolivianos e 5 chilenos. O objetivo desse curso foi o de manter a "mística" do movimento, ao estudar a história do MST no Brasil e seus principais símbolos, além da formação específica de quadros para doutrinar e controlar as "massas", para atingir o objetivo final do movimento, a implantação do comunismo no país ("Hasta la victoria! Siempre!"): "... socialização dos bancos, dos meios de comunicação e do Estado"; "... as contradições serão cada vez maiores entre os trabalhadores e a burguesia e isso se resolve quando a luta adquire um caráter político e de classe"; "... a organização deve formular e seguir sempre a teoria revolucionária para ter condições de realizar a revolução" (veja o artigo "MST mostra que a meta é a tomada do poder", de Carlos Soulié do Amaral, publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", nos dias 20 a 22 de junho de 1999).
(6) Plastinação: técnica que consiste em desidratar quimicamente os membros de um morto e depois preenchê-lo com silicone, epóxi ou poliéster, para utilização como prótese.