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 | Artigos-->O Resto Do Refrão/Para Jobim -- 02/06/2004 - 04:14 (KaKá Ueno)  | 
	
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Inspirado Em: 
  Àguas De Março 
  Antônio Carlos Jobim
 
 
  "O Resto Do Refrão"
   KaKá Ueno...30 05 04.
  Filiada25@aol.com
 
 
  é Paulo...
  é Pedro...
  é o fim do zezinho...
  é o final do troco...
  que ele come sozinho...        
  é um copo de vinho...
  é a via...
  é a dó...
  é o coice...
  é a sorte...
  é um abraço...
  é o azar...            
  são às perebas da vida...
  Que eu os vejo passar.
 
 
  Eu vejo às candeias...
  o que será?...
  no final é cadeia...
  Às Marias que são sereias...            
  a um passo...
  É o povo com cara de bunda...
  sem poder irem a feira...
  é o povo passando...
  e agente catando...
  São os inimigos ocultos,
  nos pedindo perdão.
 
 
  é fuligem na cara...  
  e às criança nas ruas... 
  em forma e nas cabeceiras...
  levando o povão...
  madrugadas com fome... 
  e os homens...?
  Catapulta!
  São aqueles aquém nos dizem não...
  sem galhos não senta não...
  fulminante diversão...  
             
  Basta apenas um empurrão...
  é um tombo...
  Dia sim, dia não...
  Tropeçam nos direitos...
  E em vez da semente... 
  E vão comendo às cascas que encontram no chão...
  Nenhum pedaço de pão...
  Novamente é agosto...
  E o bolço limpinho.
                     
  Sem apoio...
  Sem reserva...
  Que não se abre...
  É uma interrogação...
  O salário acabando...
  Que não se fecha...
  De mente aberta...                 
  Que não se reparte...
  É o jeito...
  São às barriga se arrastando...
  E o sol ainda nasce brilhando...
  E a fé se acabando... 
              
  É a rinha...
  Que se enfiam...
  É Churrasco sem picanha...
  Caindo na farra...
  Somos todos palhaços...
                 
  É o fim da estrada...
  É o fim do sorriso...
  Que se mantinha na cara...
  É o estilhaço...
  Rompendo fronteiras...
                   
  É o abismo...
  É o orgasmo...
  É o tesão...
  É um segredo...
  É a raspa do tacho...
  Ruminemos às cascas...
  E o resto nos basta...  
               
  É um resto de fé que envolve o povão...
  Quando o inverno passar...                        
  É a sobra...
 
 
  É feijão...
  É café...
  É o saco chão...
  É o fim do José...                
  É um resto de fé que envolve o povão...
  O que nos sobrará?
                 
  É um rato...
  é um salto, 
  é uma tocaia...
  São às varas...
  É o fim de um caminho...
  São os homens tecendo...
                    
  É um resto de fé que envolve o povão...
  O que nos sobraram?
  É o Paulo...
  É o Pedro.
 
 
  Filiada25@aol.com
  KaKá Ueno...30 05 04.  |  
 
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