O livro de poemas, crônicas e trovas de Nilton da Costa Teixeira, foi lançado em 1.970, na inauguração do salão nobre do Palácio Rio Branco. Os textos trazem datas dos anos quarenta, comprovando que o poeta sempre consagrou a cidade um carinho especial. Os poetas de Ribeirão Preto sempre se preocuparam com a vida da cidade, independente de projetos educacionais “fabricados” com a intenção de movimentar a história da “velha” capital da cultura... Ribeirão Preto de hoje está “despojada” dos traços originais como ocorre no “ quarteirão paulista”. Todos sabemos que a cada tapume (coveiros do passado) a cidade perde um pouco. A Praça XV de hoje nada tem com aquela que todos aprendemos a admirar.Nem o relógio que é capa e inspiração de livro de autor local. A cidade mudou muito de 1.965 para cá ( começou em 1.954 - dois antes do centenário)e com isto muitas histórias da História e lendas são criadas em cada administração. No começo dos anos oitenta uma grande exposição de fotos assinalava como anterior ao Pedro II um Hotel, o central e até uma foto interessante com texto do historiador J.P.Miranda nos jornais. Como tudo muda –em nome da história – a choperia mudou de lugar- o velho Café do Estado virou entrada e saída de mercadorias – o velho Palace sem lustres ganha até letreiro com nome de Hotel Central... O garimpeiro da História não se faz só nos momentos de monografias de graduação, mas na metodologia de todos os dias. A cidade de quase 150 anos com um quarteirão de 70 " grafitado? ou pixado? tem latex nas paredes... metais de marca, onde no passado de nosso passado foram firmas de nome. O passado de nossa História está muito rebuscado. Ainda há tempo de pesquisas? Ou o trabalho do antigo serviçal da cultura da cidade foi em vão. Enquanto isto vamos fazer trovas pela cidade que apesar de tudo e acima de tudo nos dá vida e alegria. Viva Ribeirão Preto! Viva nossa história! Vamos dar vida a mais um projeto: Comecemos por escrever um livro: “Nossos escritores e nossa história! Ribeirão Preto formosa, o teu destino nos diz, serás a mais gloriosa das cidades do país”. Precisamos preservar além de velhas paredes (na Caramuru) eventos: o livro de Prata, os Jogos Florais, as Trovas na praça, entre tantas coisas que foram eliminadas.Até na escolha dos patronos das bibliotecas temos esquecido da história. Você conhece A Barca de Gleyre?
(Nilton Manoel–conselheiro de cultura de gestões passadas