
993300>Após uma vida plena de tudo-tudo, aos 93 anos faleceu Ronald Reagan, um dos homens que alcançou em vida um designado topo máximo do poder da humanidade. Apesar dos meios que obviamente teve ao seu dispor, os últimos anos da sua existência ditaram-lhe uma situação de autêntico morto-vivo, já que sequer sabia se estava vivo ou morto. Por volta dos meus 15 anos, vi-o no cinema a interpretar o papel de cow-boy em muitíssimas fitas, daquelas em que as joviais plateias, logo que o artista se lhes deparava distraído, avisavam-no em uníssono que vinha aí o bandido. Muito mais tarde, Reagan, que foi um actor não muito conseguido e distinguido, optou pela carreira política e por aí logrou de facto colocar-se no trono da história dos homens: foi presidente dos EUA, o país que pretende dominar e encabeçar a globalização da actual humanidade. O seu fim não teve nada de ridente. Morreu sem ter sensibilidade alguma das coisas que o rodeavam e... Francamente... É de uma idêntica situação de existência que eu tenho deveras medo... Desesperado medo de mim por não ter medo de nada!... Torre da Guia = Portus Calle
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