Recentemente escrevi um texto sobre a perfeição. Na verdade, este é uma continuação.
Se chegarmos à conclusão que não existe a perfeição plena, por que ansiamos sempre por atingí-la? Esta questão é muito complicada, uma vez que vivemos em uma cultura, na qual fomos criados para alcançá-la. Mesmo que saibamos racionalmente que é impossível sermos perfeitos, porque a perfeição é relativa já que estamos sempre nos modificando e tentando nos aprimorar e crescer enquanto seres humanos, esta é uma constante preocupação.
Como então fazemos para nos tornarmos pessoas mais seguras de nossas decisões, seguras no sentido de estarmos fazendo o melhor, já que a perfeição não existe?
A resposta está em cada um de nós, o que significa parar por um instante para fazer um balanço pessoal: como éramos antes e como estamos neste momento? Será que nos aprimoramos, que crescemos?
Se a resposta for positiva, isto quer dizer que neste momento, fizemos o melhor que podíamos. O segredo é refletir que um crescimento também implica num movimento constante, e por este motivo, nunca paramos, nos sentimos motivados para continuar as nossas conquistas.
É diferente pensarmos que estamos progredindo em relação a um objetivo, do que temos que atingir a perfeição em relação a este objetivo.
A primeira forma de pensar nos deixa tranqüilos de que fazemos o que podemos, que nos esforçamos o máximo que podemos naquele momento; já a segunda forma de raciocínio nos causa uma auto-pressão, isto é, há sempre uma "força interna" nos pressionando e nos mostrando que temos que ser os melhores, e nos esquecemos de olhar para trás e avaliarmos o nosso desempenho até este determinado ponto. Isto é, procuramos sempre o irreal.
Não devemos nos guiar pelo julgamento do outro, mas sim "escutarmos" os nossos pensamentos e sentimentos, porque afinal, quem nos conhece melhor do que nós mesmos?
Em agindo desta maneira nos sentiremos seguros para avançar, para prosseguir em relação aos nossos projetos de vida, sempre com o pensamento de que estamos nos esforçando, dando o máximo que podemos.