Este livro fala de altruísmo, sinceridade, generosidade, do bem, do amor universal, sentimentos cultuados pela humanidade como sinônimos de crescimento perfeito do Ser. Mesmo assim, são sentimentos escassos, pouco praticados pelas pessoas em seu dia a dia.
Daí a importância desta obra O Patriarca, do reverendo Rogério Hetmanek, neste momento em que presenciamos a consumação dos últimos dias de tão conturbado século e por que não dizer milênio? Este século que é chamado de século da ciência e da técnica, quando nunca antes tantos esforços e tanta inteligência foram consagrados ao conhecimento e ao domínio da natureza e das forças naturais.
Apesar disso, o homem sofre – também como nunca antes – de profundas dúvidas, medos e frustrações. Ou seja, nem a ciência e nem a técnica deram respostas às perguntas eternas e fundamentais: Quem sou? De onde venho? Aonde vou? Qual o sentido de minha vida?
O Patriarca é um presente àqueles que se dispõem a fazer uma viagem para dentro, um mergulho interior à procura da Verdade.
O autor nos faz esse convite tentador com a pureza da alma, fina intuição e inspiração superior. Seus personagens falam de nós mesmos, às vezes de uma maneira didática e filosófica. Personagens que buscam respostas junto à Natureza , ao Criador, para as grandes inquietações da alma. Eles abrem nossas mentes para novas perspectivas e dimensões imperceptíveis pela matéria grosseira. Surpreendem pelo ineditismo e profundidade dos diálogos que versam a respeito da missão do homem, espírito e matéria, paraíso interior e exterior, o bem e o mal, beleza e harmonia, tempo e Deus. E tantos outros temas, sempre sob a ótica da revelação. Nos lembram, por exemplo, que somos feitos da mesma matéria do mundo que nos circunda. De fato, a química já confirmou que todos os elementos que constituem o corpo humano encontram-se também na natureza.
O mérito do livro reside no fato de dar respostas convincentes. Sua leitura é questionamento e bálsamo. Nos alonga a visão que temos a respeito de todos os seres e coisas. Trata-se de uma grata surpresa que nos alerta sobre vários aspectos da vida até então esquecidos pela prevalência que sempre demos ao materialismo em detrimento do espiritualismo.
Tenho a certeza de que quem saborear a leitura deste livro com os sentidos abertos para o novo e o incomum estará apto a alcançar freqüências mais elevadas e sutis do espírito.
Gustavo Dourado
Presidente do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal e membro da Academia Internacional de Lutece ( Paris).