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Artigos-->Contestando A Verdade Aparente -- 27/06/2004 - 17:05 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


RECURSO Á TRÉPLICA DE UM AMIGO

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





Data Vênia, meu colega

Em que pese o meu respeito

Ao ilustre advogado

Faço uso do direito

Ao amplo contraditório

Por entender meritório

A busca de convergências

Sobre os fatos em comento

Este é meu entendimento

Esclarecer divergências



Assim, apresento recurso

Julgo, tempestivamente

Em defesa da verdade

Entendo, preliminarmente

Salvo melhor juízo

Que o doutor não foi preciso

Na sua contestação

A tese não se sustenta

A conclusão não se assenta

Aos ditames da razão



A oratória é perfeita

A estratégia inteligente

Mas confundiu as verdades

Verdadeira e aparente

De certa forma, errou

Quando, por fim, misturou

Duas coisas relativas

A verdade que é divina

E aquela que se imagina

Sem as justificativas



Porém, é preciso dizer

Dessa relatividade

Em nome do entendimento

Em defesa da verdade

Na verdade que é luz

Na verdade de Jesus

Não pode haver escuridão

Mas a verdade terrena

Quase sempre, é amena

Essa é a grande questão



Quanto à verdade divina

Não há que se discordar

Desde logo, no início

Assim fiz registrar

Mas no nosso dia-a-dia

Prevalece a utopia

A miséria anda solta

A verdade é aparente

Quase nunca mostra a cara

Vive enganando a gente



A verdade aqui na terra

Diz a meteorologia

Seu desfecho é probatório

Não existe garantia

Tanto chove, como esquenta

O calor não se agüenta

A verdade é passageira

Seja de noite ou de dia

De repente o tempo esfria

Não esquenta a lareira



A mentira é passageira

Anda de carro e avião

Vive curtindo a cidade

Usa demais a ilusão

Promete o mundo inteiro

Uma ruma de dinheiro

Quando se é candidato

Fala com sinceridade

De amor e liberdade

Depois esquece no ato



Débil, frágil e pequena

A nossa democracia

Todos sentem, todos vêem

A nossa grande utopia

A nossa grande ilusão

A mentira está na moda

É gente da mesma raça

A mentira é a verdade

Promessa e realidade

Neste mundo ela grassa



Desfilando com maestria

Vendendo sonhos de valsa

No rosto de belas mulheres

Essa mentira realça

Essa verdade é profana

Que a toda gente engana

É bom, pois, que se repita

Pra quem a verdade proclama

Nem tudo que a gente ama

Faz sentido ou se acredita



Até o amor verdadeiro

É feito de sonho e ilusão

Pois o mundo é enfeitado

Com as cores da emoção

Nem por isso é mentiroso

Qualquer ato amoroso

Ainda que sem sentido

É verdadeiro, no fundo

Só existe neste mundo

Mentiroso e tão sofrido



Reservo, por fim, o direito

Falando como Cristão

Não faço apologia

À mentira, de antemão

Mas falando francamente

Vou dizer, sinceramente

O raciocínio é primário

A depender da maioria

A mentira aqui seria

Nosso maior mandatário



Fosse a verdade terrena

A vida aqui neste mundo

Seria sempre serena

Mas isso não acontece

O errado prevalece

Na ordem do dia-a-dia

Vivemos mais de ilusão

Mentindo como a razão

Em busca da utopia













































































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