
993300>Ouvi, vi e sobretudo li, mas desta feita, como se me depara uma paisagem assaz cinzenta, ponderei e até meditei em vista de bem fundamentar uma eventual opinião que porventura se me suscitasse. E suscita!
Venho de assistir a uma pugna televisiva, anunciada sob o desígnio de promover o debate sobre o estado da nação, aonde, em completo e desmiolado confronto, estavam algumas representativas figuras da grande porcaria de partidos entre os quais Portugal estrebucha neste momento.
Os palavreantes do PSD e do PP, seitas cuja coligação está no governo, defendem obviamente a nomeação imediata de um primeiro-ministro da sua cor entrelaçada a fim de que aflitivamente mantenham com exclusivo fito o poder. As personalidades da oposição, PS - PCP - BE, reclamam naturalmente por eleições legislativas. O moderador desta palhaçada foi e é tão só um sacaninha cuja inteligência sequer concebe o que poderá resultar do fogo que persistentemente teima atear. Nem sente o calor por baixo do rabo.
Bem... De tudo o que foi dito e redito, banalidades todas saídas do habitual frasco da banha-de-cobra, ninguém, ninguém mesmo equacionou o verdadeiro e autêntico motivo porque Durão Barroso, sendo um primeiro-ministro de um paíseco em fracasso económico nítido, e ainda sobre as brasas de uma tremenda derrota política, foi preferido e indigitado para ser o presidente da Comissão Europeia.
Há uma semana atrás, Durão Barroso, instado sobre a aragem europeia que em torno de si rodopiava, afirmou convicto e peremptório que sequer era candidato a tão elevada e prestigiante função. Nas horas seguintes, após súbito alarido despoletado pela comunicação social, confirma-se que afinal o primeiro-ministro português se disponibiliza para assumir o cargo que antes veementemente negara. Descarado mentiroso, né?!...
E porquê?... Porque Durão Barroso é um nítido e mero acólito subserviente de George Bush, padrinho evoluído da mafia hodierna, decerto com influentes, poderosas e subreptícias ligações no seio da Comunidade Europeia.
E constate-se: logo após a farsa das eleições europeias, onde Durão Barroso apanhou um estrondoso coice dos eleitores portugueses, pasme-se, é especialmente escolhido para comandar o desiderato.
Coitada da democracia! Parece uma velhinha de gatinhas entre as pernas de uma seita de coirões que, pelo menos a mim - e a muitos... Muitíssimos - até dá vómitos.
Atenção lúsofonos... Miguel de Vazconceloos está de novo escondido no armário e a Duquesa de Mântua, que agora já não tem penico de porcelana, está a mijar-nos a menstruação na água!
Torre da Guia = Portus Calle
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