Deveras, pelo gosto, pelo olfacto, pela audição, pela visão, pelo sentimento e, esplêndidamente até, pelo benquisto sexto sentido, o sexo, sou portuga, sou portuga por tudo-tudo, de alma e coração, enfim, sou portuga por quero sentir-me bem e mal assim. Alguém tem dúvida?!...
Como sem o meu querido país a vida não teria razão alguma para mim, que me importarei eu da minha vida sem Portugal.
Falo, escrevo, sinto, sonho em português e até inconscientemente sou português, tenho o privilégio íntimo de me sentir plenamente integrado na genialidade do sangue do tempo que corre através de mim.
Assim, considero estar de vez explicado, quanto a mim, o que pretendo efectivamente expressar quando afirmo: SOU PORTUGA
... E isto, esta incontornável condição, não é raça. Sim, tenho irrevogavelmente raça e sequer sei a que espécie de raça pertenço. Por aí, surge-me um inexplicável desgosto íntimo que me entristece. Tenho nojo de pertencer ao grupo humano daqueles que consideram a pessoa sob o estigma de raça e de seu apuro, mas não tenho de facto culpa absolutamente nenhuma disso... Tão só e bem à parte, SOU PORTUGA!
Torre da Guia = Portus Calle |