993300>O Brasil dispõe da fantástica superfície de quase oito dígitos e, adentro e pelo mundo todo, asperge 180 milhões de vozes afinadas pelo mavioso timbre de colibri, algo de humano deslumbrante que, se no actual equilíbrio não permitir mais gota na taça existencial, lhe garante o privilégio de não preocupar seus futuros governantes com a ameaça de extinção. A cena da submersão de Atlântida, o fim da civilização egípcia e demais colapsos terrenos ocorridos na sucessão dos milénios, na devida proporção, estão também a milénios futuros do termo do Brasil e das suas principais características tal e qual são. O que se propale em termos trágicos, advindo da espécie genética dos "nostradamus sebastianistas", não impede, por enquanto e face à situação, que se afirme: o Brasil é eterno.
Mudando na questão para um outro parâmetro confluente, em relação ao objectivo para aonde aponto, consabe-se que a Internet veio para ficar e, consoante a implementação e desenvolvimento das técnicas que lhe concernem - a actual aceleração progride sempre para o dobro do que avança - mais e mais ainda se estabelece e expande no espaço e no tempo.
Ora pois, e fácil é concluir-se, a estabilidade do Brasil, apesar dos terríveis espectros da fome e da criminalidade sociológica, que quanto a mim haverão de atenuar-se, lado a lado com a evolução-ápice da maquinaria internética, garantem - e a partir daqui estou mesmo no cerne do assunto - excelentes perspectivas à Usina de Letras, o que impulsiona a solicitação para que cresça, se enfortaleça, amadureça, e envelheça bem mais além de uma qualquer benquista avozinha que a toda a gente promete planar sobre os 120 anos de idade. Assim, se inviabilidades de cariz económico não a afectarem radicalmente, outrossim eu afirmo imbuído de promissora fé racional: a Usina de Letras é eterna.
Começa pois aqui o pormenorzinho assaz importante que me inspirou a vertente por onde trepo até ao desiderato seguinte: o Waldomiro Guimarães terá um dado dia de inexoravelmente partir para o impenetrável silêncio do "fim-fim", embora fisicamente possa provocar ruído ainda que muito leve e agradável, por exemplo, após evaporar-se, transformado numas gotículas de chuva, tombar sobre uma flor... Slip!... Todavia, na memória dos colaboradores que lhe sucederem, permanecerá de legado o silêncio vivo que aplicou com mestria impecável na gerência do sítio que criou, em princípio, para possibilitar a publicação dos escritos de um grande seu amigo que não tinha meios para divulgar o valor do que concebia e por consequência arrumava numa gaveta.
Primoroso, Waldomiro Guimarães - e isso tem provado aqui frontalmente a todos os usuários mais atentos e observadores - tem exímia mestria na simples lide que aplica sobre a complexa amálgama da liberdade de expressão das usineiras e dos usineiros, acorrendo com providencial lisura e nítida eficácia - sem a aplicação de medidas extremas e coercivas - ao mais que satisfatório funcionamento da, como me habituei a designá-la, nossa querida Usina. Nele, o que aprecio e daí já comecei a tirar excelente proveito pessoal, é o seu embalador silêncio... O silêncio assaz amigo do Senhor WALDOMIRO GUIMARÃES.
Aqui lhe tiro o meu chapéu... E nunca usei na minha vida chapéu.
Torre da Guia = Portus Calle
Usineiro desde 21.12.2001
Até o acaso quis que numericamente a data tenha evidentes coicidências. |