993300>Mas... Como em pesquisa obtive, o João dos Santos já tinha humorosamente dactilografado uma aproximação: "bibliada", referindo-se a espécie de sapatada que o meu Amigo Corvo eventualmente daria a alguém com a Bíblia na mão.
Ora o que é pois a minha "Biblíada" com acento agudo ao segundo "i"?
Desde logo facilmente se deduz, como de versejo se trata, que intento paradigmar lateralmente "Os Lusíadas".
Apesar do largo tempo que apliquei tentando certificar-me se o vocábulo porventura alguma vez já foi escrito com a mesma intenção e significado, ainda não consegui certeza absoluta, embora cada vez mais me vá convencendo que o arroubo é só meu. Na Sociedade Portuguesa de Autores foi-me permitido registo imediato porque, entre a montanha das opções em título, não existia até ao momento ocorrência alguma. No entanto e em idênticas situações já se me têm deparado inesperadas surpresas.
Ora pois, como já anunciei e expus o início em Cordel, vou mesmo "matar-me" a reescrever a Bíblia em verso, seguindo, de um lado, quanto possível rigorosamente o que ditam as escrituras e, de outro lado, produzindo a interpretação que considero sob coerência racional e completamente apartada de todos os mistérios. Em "Raciocínio" e através de uma só oitava dou perfeitamente a entender como vejo e sinto o que designo por "criação da existência".
Arranjei assim uma enorme trabalheira, à qual também me decidi a meter mãos e cabeça porque tenho forte incentivo para isso.
As Leitoras e os Leitores que pelo tema se interessam, aguardem pois com regularidade a sequência que apresentarei sucessivamente em uma e duas oitavas de cada vez. Trata-se de um trabalho que requer volteio craniano persistente e sobretudo cuidadoso.
A pouco e pouco, tal como o primeiro animal que se descobriu e fundamentou humano, reescreverei pausada e pacientemente a Biblíada em versos de redondilha-maior apresentados em oitavas.
Torre da Guia = Portus Calle
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