O atentado terrorista contra as torres do World Trade Center , em N.Y., não foi apenas um crime contra a sociedade americana, mas sim um crime contra a humanidade, por dois motivos. Assim como Jerusalém, as Pirâmides do Egito, Ouro Preto e Olinda são considerados patrimônios da humanidade, Nova York, que é considerada a “Capital do mundo”, também tem de fato e de direito o mesmo status. Em segundo plano, esse atentado correspondeu na sua essência , à uma série de atentados em vários países , tudo concentrado em apenas um quarteirão da “Big Apple”. Sob os escombros do WTC morreram cidadãos da Inglaterra, Brasil, México, Índia, Paquistão, Suíça, Alemanha, Bélgica, Itália, Austrália, Canadá e outros . Cada País desses, era representado naquelas torres em média por cerca de cem cidadãos.
O World Trade Center representava para o mundo atual, uma nova “Torre de Babel”, onde em meio à uma salada de idiomas os destinos econômicos e financeiros do mundo eram balisados.
É público e notório que o Presidente Bush está tirando o máximo proveito político da nefasta situação, remontando o seu palanque pós-eleitoral, com o intuito de legitimar e chancelar a sua eleição, até há pouco sob suspeição de falta de lisura e transparência .
Bush está jogando todos os seus trunfos, reacendendo a chama do nacionalismo americano no melhor estilo faroeste de John Wayne ou na saga imperialista de Rambo.
A grande diferença é que no momento, será preciso mais sabedoria do que violência e truculência indiscriminada.
Uma reformulação na política externa dos Estados Unidos, com novo enfoque em relação aos países do terceiro mundo e a abertura de um amplo debate visando reconfigurar as desgastadas relações entre Árabes e Israelenses, centro nevrálgico de toda essa tensão, seria um final feliz para esse pesadelo que apenas está começando.Será que John Wayne ou Rambo seriam capazes de tal feito? Usando a expressão americana: “The worse is yet to come” ou seja, “ O pior ainda está por vir”, só nos resta pedir: God bless the world ou Deus salve o mundo.