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Artigos-->PREFERÊNCIA POÉTICA -- 25/07/2004 - 13:12 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na poesia brasileira, numa comparação entre o número de sonetos decassílabos e alexandrinos escritos, o primeiro é o preferido dos poetas, numa proporção aproximada de 10 x 1. E e tal se comprova lendo-se o livro O MUNDO MARAVILHOSO DO SONETO, super coletânea organizada pelo saudoso sonetista Vasco de Castro Lima, recentemente falecido.

Já na França, ocorre o contrário: para dez sonetos alexandrinos, o leitor encontra um ou dois decassílabos, se muito. Inclusive, o Soneto de Arvers, ao qual o Vasco dedicou um capítulo à parte, que vai da página 191 à 211 do seu livro de l099 páginas, é alexandrino.

Para os que não se lembram, o soneto de doze sílabas ou dodecassílabo, é chamado de alexandrino porque o poeta francês Alexandre du Bernay escreveu uma epopéia, em louvor de Alexandre, o Grande, da Macedônia, nessa métrica. A partir daí, todo soneto de versos de doze sílabas, passou a ser chamado de alexandrino, em homenagem aos dois Alexandres!

Entre nós, temos autores que escreveram nas duas métricas, como Machado de Assis, por exemplo, que é autor do soneto A Carolina (decassílabo) e Círculo Vicioso (alexandrino). Mas, a grande maioria dos nossos poetas, preferiram o decassílabo, havendo muitos dos famosos que já se foram, que não deixaram nenhum alexandrino.

Já o médico e poeta de Bom Jesus de Itaqbapoana-RJ, Dr. Ayrthon Seródio, prefere o alexandrino, e, pelo manos uma vez por ano, publica um livro desses sonetos, em que verseja com maestria, a exemplo do soneto que dá nome ao seu lançamento deste ano de 2004:

A Curva do Caminho



Não se deixe envolver numa intriga irritante

Urdida pela inveja ostensiva e frqüente,

Nem se deixe empolgar na lisonja insinuante,

Que prenúncio da farsa está sempre presente.



Procure no trabalho o refúgio bastante

Que possa amenizar o deboche insolente;

Trabalhar com fervor torna o homem triunfante,

E o invejoso detesta o sucesso iminente.



Se ao passar pela rua uma língua ferina,

Um cochicho maldoso, inicia na esquina,

Não se deixe abater num trivial murmurinho.



Pois quando a caravana avança pela estrada,

A matilha de cães só ladra em disparada

Até que ela ganhe a curva do caminho.



Ayrthon Seródio
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