Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63224 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10677)
Erótico (13592)
Frases (51740)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4944)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Fome e malária dizimam aldeia -- 18/04/2000 - 18:57 (Francisco J.P. Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PRESS RELEASE





FOME E MALÁRIA DIZIMAM ALDEIA YANOMAMI



A cena é semelhante a outras documentadas nos países mais pobres do planeta ou naqueles devastados pelas guerras mais cruéis. No entanto, as fotos foram feitas em território brasileiro, pelo médico Edson Sato, que trabalha para a URIHI - Saúde Yanomami, organismo não governamental, responsável pela prestação de serviços de saúde aos índios da etnia yanomami, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).



As fotos mostram índios procedentes da aldeia Ximiriote, situada em território venezuelano, perto rio Metacuni, na divisa com o Brasil. As duas índias adultas dizem chamar-se Saraojama Sanumá e Samalasoma. Ambas aparentam cerca de vinte e poucos anos. Elas chegaram ao posto de atendimento da Urihi/Funasa, localizado numa instalação da Funai, em Auaris, no extremo Norte de Roraima, acompanhadas de oito crianças entre nove anos de idade e um mês. Para alcançar o posto, tiveram que andar cerca de quatro dias, em região montanhosa. Todos apresentavam desnutrição grave, anemia severa e malária. Três das crianças apresentavam também coqueluche complicada, e o recém-nascido sofria de diarréia infecciosa e broncopneumonia.



Através de um intérprete, contaram que eram os últimos sobreviventes da aldeia e que todos os outros habitantes haviam morrido de fome e malária. Não sabiam precisar o número de pessoas que viviam na aldeia (os yanomami têm muita dificuldade em contar). Todos foram removidos em vôo da Urihi/Funasa para Boa Vista, onde receberam tratamento mais especializado.



Depois de duas semanas de tratamento na Casa do Índio, em Boa Vista, os índios já estavam bem recuperados da desnutrição e da malária. À família já está integrado o marido, Kapagai Santiago, que chegou posteriormente a Auaris.

Kapagai relatou que ainda havia quatro “tapiris” em Ximiriote, mas que “muitos morreram”. Disse também que a mesma situação estava afetando uma outra aldeia próxima ao igarapé Washiri (também na Venezuela).



A Urihi, que atua há apenas quatro meses nos Estados de Roraima e Amazonas, tem sob sua responsabilidade a prestação de assistência médica a cerca de 6.400 pessoas (53% da população yanomami no Brasil). A migração de yanomami residentes na Venezuela para território brasileiro, em busca de atenção médica, é um dos fatores que agravam as dificuldades já rotineiramente encontradas na prestação da assistência à população yanomami.





Foto No. 1

Duas mulheres yanomami, acompanhadas de cinco crianças, todas desnutridas e com malária, esperam atendimento no posto da Urihi/Funasa, em Auaris, extremo Norte de Roraima.



Foto No. 2

Funcionário de saúde da Urihi/Funasa examina crianças yanomami gravemente desnutridas procedentes da Venezuela, no posto de atendimento de Auaris, no extremo Norte de Roraima.



Foto No. 3

Menino yanomami com desnutrição grave atendido no posto de Auaris, no extremo Norte de Roraima, após chegar de aldeia dizimada pela fome e malária em território venezuelano próximo à fronteira.



x-x-x-x-x



Maiores informações:

Francisco Pelucio Silva

Assessor de Comunicação

(95) 624-1652/9111-3141

pelucio@technet.com.br



x-x-x-x-x

Atenção editores:



Após duas semanas de tratamento na Casa do Índio, em Boa Vista, a família já estava bastante recuperada e reunida com o pai.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui