993300>Quer de uma quer de outra espécie entendo e percebo apenas genericamente a sua vida, algo de exercício divino que me maravilha e atrai ou me horroriza e repele. Ao mesmo tempo, admiro a submissa disciplina a que estes seres estão sujeitos, ora paradigma de uma ditadura-democrática, ora um estado equivalente de organizada anarquia onde me apeteceria também participar. Percorro em raciocinio simples o seu movimento, ciclo em que também me sinto integrado, até à evidência sexual da reprodução, onde estaco à luz da consequência entronizada em que permanece a rainha, com quem os exclusivos machos fazem amor para morrer.
Este enunciado visa relacionar-se com os títulos de textos que sucessivamente e nas diversas rúbricas vão sendo insertos e publicados na Usina. Com propósito ou não propósito a sequência vai formando uma teia assaz interligada que, sendo de origem racional, aparece transformada em voo de abelhas ou carreirinho de formigas. É ou não é maravilhoso?
Mas... Mas onde estará a rainha? Se calhar nós humanos ainda não nos demos ao trabalho de descobrir essa submissa situação de estar em vida e na morte. Mais ainda... Dá que pensar, pois então não dá?
Se um dia destes um vendedor livreiro descobre o silêncioso e sequente ritmo que acabo de equacionar, presumo que venderá os livros rapidamente... Né?!...
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