Estou levando a vida devagar, procurando o ritmo das músicas lentas, como se costumava dançar antigamente nas tertúlias, um fox, uma balada, um bolero: dois pra lá, dois pra cá.
Não acresce coisa alguma o açodamento, a pressa, o stress, a impaciência: a vida segue o seu curso normal e nem liga para os nossos cismares.
Você não é dono das acontecências, elas surgem como os fenômenos atmosféricos, de contigências e circunstâncias que escapam ao nosso contrôle e independem da nossa vontade.
O pavio da vida ninguém sabe quanto tempo durará, pois os fatores externos irão determinar quando a chama deixará de arder, portanto, é melhor deixar fluir o caminhar das horas, navegar tranqüilo nas marolas que as coisas produzem no dia-a-dia, inútil opor resistência, pois isso só roubará a nossa energia e nenhum efeito prático terá.
Além de mergulhar no anonimato de quando em vez, é absolutamente prudente manter a calma, viver a vida como ela realmente é, sem invenções ou tentativas de inovar aquilo que é essencialemente imutável.