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Artigos-->Uma frente partidária... - (notícias local) -- 26/09/2004 - 22:55 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma frente partidária e definitiva chamada Jaú







Dia 22 de setembro noticiou-se a cassação da candidatura de Waldemar Bauab. Festa no Paço Municipal. Tristeza na casa do candidato. A alegria das pessoas no poder contrastava com a tristeza da massa de eleitores do candidato por toda Jaú. É incrível como o poder cega. É incrível como as pessoas só se dão conta dos acontecimentos tarde demais. É incrível como a ignorância paira sobre os que se acham seguros pelo poder, pelo emprego e pelo salário ostensivo que ganham, pagos por aqueles que estão decidindo objetivamente a sua melhor ação em quem votar. E finalmente, é incrível como as estratégias são realizadas erroneamente, imaginando-se uma falta de reação a toda ação praticada.

O candidato Griso com sua perspicácia declarou imediatamente: “foi um tiro no pé”. Diria este que lhe escreve, leitor amigo, “o tiro saiu pela culatra”. Com estas frases resumiu-se a guinada dos acontecimentos de forma imediata. Certamente que estes acontecimentos não eram os esperados pela facção no poder. Na verdade, com exceção de poucas pessoas, ninguém esperava. E foi assim que os votos fiéis a Waldemar começavam também, imediatamente, uma inexorável e óbvia migração. O candidato Griso é agora só sorriso.

Tal acontecimento não foi previsto pelo “staff” do candidato à reeleição. Nem muito menos pelo vereador responsável pela ação na Justiça. Tanto que a queima de fogos, festejando o veredicto da Justiça Eleitoral, prolongou-se por todo o dia. Numa clara e inocente demonstração de que, primeiro: ninguém se preocupava com uma reação, que para eles não iria ocorrer, tendo em vista a imagem de um homem “velho e alquebrado”. Velho sim, todos nós envelhecemos, mas alquebrado jamais. Segundo: a queima de fogos em abundância significa basicamente, nos dias que correm, uma sinalização de que dinheiro é fartura entre os que festejam. Ora, o povo vive numa draga incomensurável. Assistir políticos festejando é o mesmo que bater na cara de cada um de nós.

Existindo fartura da “bufunfa”, nota-se a inexistência em absoluto da sagacidade, embora seja esta perspicácia um bicho bastante concorrido entre os políticos, que alcançam o poder em razão do estressamento do eleitor, quando deseja algo melhor no seu ambiente e não realiza tal desejo, como por exemplo, o emprego quase extinto em todo país.

E foi dado o tiro inesperado pelos adversários: Waldemar uniu-se ao Griso em grande estilo democrático, coisa comum na política americana. Bom para Jaú, bom para a cidade, bom para o eleitor esta irrepreensível união. Mas, apesar disso a campanha prossegue, árdua, suada e ofegante. Há que se respeitar todos os candidatos. Apesar de uma união assim calar fundo porque Griso e Waldemar são antigos adversários. Dão provas de que serem adversários não significa serem inimigos, como alguns costumam confundir. Bom para Jaú. Quanto menos inimizades, nesta gárrula cidade, mais progresso, mais crescimento econômico e mais consensos nas melhorias. Tudo isto será um prato delicioso a ser saboreado indefinidamente, em meio à paz, à alegria, o bem estar.

Entretanto, uma união assim não pode ficar apenas na aproximação dos dois políticos, objetivando a derrota de um terceiro. Todos nós devemos aproveitar a deixa e unir-nos em prol de uma Jaú, definitivamente sem os ranços dos idos tempos. “A hora é essa” proclama Toffano, sabiamente. É dever de todo jauense tomar essa união como um exemplo político inédito, mas imorredouro. Não importa qual a facção que cada um comunga. Afinal, a única coisa que comungamos é a nossa Jaú, cuja interpretação de seu nome é “o meio ambiente em que vivemos”.

Cada coligação está unida em prol de Jaú. Para quê os ataques? Para quê os chiliques de candidatos que parecem viver eternamente aborrecidos. Fui perseguido no passado. Hoje vivo como se nada houvesse acontecido. Tudo pelo ambiente físico e mental. Tudo por mim mesmo.

Ganhando ou perdendo a cidade mereceu a dignidade desse gesto memorável de união entre dois adversários. Por isto, parece-me viável a oportunidade de se criar uma frente partidária permanente, objetivando a colocação nas eleições de 2006 de um deputado federal jauense em Brasília; e outro estadual em São Paulo. Aí sim, esta união não será apenas memorável. Dará seus bons frutos a Jaú. Será de grande utilidade e para sempre prestigiada, porque entrará nos anais da história de Jaú.

Frente que levaria o nome de Jaú na vanguarda de qualquer interesse político-pessoal, nesta maravilhosa cidade, de gente também maravilhosa e surpreendente. Tenho inveja porque sou um apátrida de cidade. Nasci longe daqui. Sou jauense de coração, quisera sê-lo de nascimento. Mas, enfim todos nós temos nossos calvários...



Jeovah de Moura Nunes

poeta, escritor e jornalista

Autor do livro “Memórias de um camelô”

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