Antes de qualquer coisa quero me apresentar. Meu nome é Coletânea do Saber e acabo de nascer. Sou um livro de pesquisas, destinado aos professores e aos alunos também.
Nasci da vontade de mudar um passado preconceituoso e oprimido para um futuro promissor.
Meu conteúdo é repleto de textos ilustrados, por isso, proporciono um visual agradável e minha intenção é levar as crianças a buscarem em minhas páginas seus próprios caminhos para a construção de seus conhecimentos.
Forneço material para facilitar a formação dos alunos, tornando-os capazes de analisar dados, planejar, interpretar, experimentar, elaborar hipóteses, tirar conclusões, aprimorar seu modo de vida e sua relação com o ambiente em que vivem. Enfim, torna-los capazes de agir, não como meros observadores do mundo, mas como participantes e assim sentirem que fazem parte deste mundo.
Acredito que o professor deve ser um provocador de situações e que a educação ideal é resultado da ação de liberdade de criação para a construção.
Portanto posso dizer que sou um livro diferente. Sou o suporte do professor para despertar novos interesses nos alunos, já que a leitura e a produção de textos são compromissos a serem assumidos por todas as áreas.
Acredito poder ser o caminho para introduzir a cidadania tão desejada nas escolas públicas, mas pouco trabalhada, uma vez que a violência anda tomando conta de nossas crianças e a criatividade deixou de ser a preocupação dos educadores.
Em meus cinco capítulos, estão contidos belos textos ilustrados com figuras de primeira qualidade, lições de cidadania, de folclore e até poesias. Tenho espaço para os alunos criarem e uma linda coleção de imagens para produção de textos.
E assim sendo, venho à sua presença para solicitar uma oportunidade.
Gostaria de me fazer conhecido, pois só assim poderei dar minha contribuição de esperança a este país criança. Quero dar a minha parcela para ajudar a salvar a Educação no Brasil.
A escola pública tem solução!
E a educação é o meio através do qual, sem medo de errar, e com muito orgulho, poderemos um dia afirmar: “A criança é o futuro de uma nação”.
E esta nação chama-se Brasil.
Um grande abraço amigo, do livro,
Coletânea do Saber.
CAPÍTULO 1
Cidadania
Dra. Stela Borghi – Secretaria Municipal da Cidadania (1998-2000)
Como cidadão tenho direito ao respeito de meus semelhantes, ao respeito do poder publico para com minhas necessidades.
Respeito de todos pela minha condição de homem, mulher ou criança, que pensa, que sente, que precisa.
Mas como cidadão, tenho obrigações também e principalmente de amar a pátria e respeitar seus símbolos.
Tenho a obrigação de não ofender o direito do meu próximo, de respeitar as leis e a ordem e mais do que nunca, diante das dificuldades da vida, de me doar para uma maior união e participação da comunidade com vista a uma vida melhor para mim e toda a minha família.
Respeito é Fundamental
O respeito pelos outros nasce do respeito por si mesmo.
Aquele que desenvolve atitudes de respeito pelo eu, pelos outros e pelo meio ambiente, aquele que reconhece seu valor e confia em si, aquele que sabe que respeito é um estado de consciência, aquele que percebe o valor de todas as coisas...
Aquele então está praticando a cidadania.
Aprendendo a ser Cidadão
O mundo vive em acelerado desenvolvimento onde a tecnologia está presente direta e indiretamente no nosso dia a dia.
“Cidadania é liberdade em companhia” portanto liberdade social não significa apenas ausência de constrangimentos, mas sim a possibilidade de empreendermos uma ação.
Para garantirmos a existência da liberdade, devemos ser capazes de criar opções que nos levem à satisfação sempre tendo a consciência da importância dos desejos das pessoas que estão a nossa volta.
Um dos maiores desafios da vida é descobrir como viver com responsabilidade e respeito aos outros, ou seja, viver com cidadania.
A escola tem um papel muito importante no exercício da cidadania, pois, além de ser como a nossa segunda casa, a vida que levamos lá dentro é como uma segunda vida, cheia de descobertas e desafios.
O aluno sofre influências da escola assim como exerce influência sobre ela. Seu comportamento, sua cultura, sua consciência e seus atos influenciam no desenvolvimento geral da escola.
Se o aluno desconhece seus direitos, pode deixar de exercer coisas importantes na comunidade escolar onde convivem com pessoas de todas as raças, idades, religiões e profissões. Saber respeitar e viver bem com todos é uma arte, é exercer a cidadania.
(Augusta Schimidt – 2000)
Objetivos da cidadania na escola
Ø Desenvolver nos alunos o sentimento de confiança em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, estética de inter-relação pessoal e de inserção social para agir com perseverança em busca de conhecimentos e no exercício da cidadania. Refletir criticamente sobre as normas morais buscando legitimidade na realização do seu bem comum.
Ø Salientar as reais possibilidades dos alunos, através de um ambiente escolar estimulante e desafiador que aguce a curiosidade para o conhecimento do mundo em que vive.
Ø Compreender a vida escolar como participação no espaço publico, utilizando os conhecimentos adquiridos na construção de uma sociedade democrática.
Ø Ajudar o aluno a construir uma imagem positiva de si, de respeito próprio e reconhecimento de sua capacidade de escolher e de realizar seu projeto de vida.
Ø Adotar atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas repudiando as injustiças e a discriminação
Ø Valorizar e empregar diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas.
Ø Desenvolver habilidades de organizar idéias, elaborar textos narrativos e versos.
M@S
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“Um pouco de conhecimento
Nos faz bem, nos faz crescer,
Aprendam quais são seus direitos,
Ser cidadão é um dever”.
(Augusta Schimidt / 2000)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos nasceu na ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 10 de dezembro de 1948.
Apesar de já passar dos 50 anos não há muito que comemorar, pois ainda vivemos situações de miséria,desemprego , fome...
O documento foi lançado logo após a 2ª guerra mundial, que aconteceu entre 1939 a 1945 e seu objetivo era criar um conjunto de regras para que os paises não repetissem os erros cometidos na guerra.
Crianças, jovens, lutem, lutem para fazer valer seus direitos, pois só assim estarão dando um passo importante para a construção de um mundo melhor.
Nunca se esqueçam crianças que de acordo com a Declaração todos somos iguais, todos temos os mesmos direitos, mas temos deveres também que devem ser respeitados e executados.
Cada um de nós tem o direito de viver, de ser livre de ter sua casa, de ser respeitado como pessoa. Tem o direito de ser respeitado por seu sexo, sua cor, sua idade, seu trabalho, a cidade de onde veio, a situação em que vive ou por qualquer outro motivo.
Qualquer outro ser humano tem os mesmos direitos que nós.
Esses direitos são sagrados e ninguém pode tirá-los de nós. Se forem desrespeitados podemos e devemos lutar para que eles sejam reconhecidos.