Gostaria de entender os motivos pelos quais o Correio Braziliense resolveu desenterrar o caso HERZOG.
Primeiramente, porque sra. Clarice Herzog, viúva do jornalista a que se refere a reportagem, já teria, pela via judicial, garantido os reparos por ela julgados devidos.
Depois, o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos reafirmou em nota que “a luta contra a tortura é uma política de Estado, que agrega governos, parlamentos, partidos políticos, entidades da sociedade civil”.
Ainda segundo a reportagem, “desde 1995 o Estado brasileiro vem reconhecendo a responsabilidade por mortes e desaparecimentos políticos e recentemente a Lei 10.875 expandiu as hipóteses de indenização, abrangendo a totalidade dos casos de mortes e desaparecimentos políticos no país”.
Por isso, salvo melhor juízo, entendo que a imprensa deveria apontar suas baterias para questões como a CPI do Banestado, o indiciamento do Sr. Paulo Maluf, o caso Waldomiro, e tantos outros que ainda não foram objeto de esclarecimentos e reparos devidos.
Promover a discórdia, numa hora em que precisamos de paz para encontramos as alternativas de soluções para os nossos atuais e complexos problemas, não me parece ser um bom caminho, ainda que se possam apresentar argumentos de outra ordem, que justifiquem a medida.