"A Overdose e a importância na troca de informações”
Por:- Elizabeth Misciasci.
“- Meu filho não assiste à TV. Hoje aliás, nem TV em casa temos mais...”
Triste realidade!
Não existe uma solução imediata que proporcione mudanças á curto prazo, regularizem os desequilíbrios gerados, nem tão pouco, métodos milagrosos sem efeitos colaterais, que trate em 24 horas e resolva 100% dos casos, quando o assunto é “DROGAS”.
Se todo o medicamento exige controle, quem dirá os usuários de substâncias entorpecentes, pois não podemos esquecer que seus efeitos são subjetivos.
A pessoa viciada, perde muitas vezes a noção do que é (ilegalmente falando) “ajuste de dosagem” e em determinadas situações, é impossível eliminar ou tratar os sintomas residuais, ou seja o consumo exagerado, (que deveria ser inexistente) provocando neste usuário, uma crise que chamamos aqui de “overdose”.
Óbvio, que não existe a “quantidade correta e benéfica” no entanto, existe uma situação ainda pior:- “a dose perigosa e irreversível”. Em casos que este tipo de situação ocorre, necessita-se imediatamente da remoção desta pessoa para atendimento hospitalar de emergência (que é difícil ser providenciado e quando dado, é sempre demorado, pois o temor dos “parceiros” de “embalo” e todo o comprometimento que pode causar, somados as condições psicológicas e físicas dos “companheiros” inibem ou impedem a ajuda, ao encaminhamento médico necessário desta “vítima”). O socorro, pode deixar de ser sério, longo ou correto... simplesmente é tarde demais, findam-se os recursos, pois impossível o é, resgatar o que já se foi... a vida.
Quem já viveu situação semelhante, dificilmente aceita falar sobre o assunto, o que é compreensivelmente normal se analisarmos que além da tristeza e aborrecimento, a instabilidade emocional e a melancolia, não saem da alma jamais.
Cada um tem uma forma de reagir diante da gravidade e de todas as problemáticas que chegam junto com as DROGAS, que cada vez mais se alastra e atrai novos “consumidores”. Independente da ocorrência ou não do óbito, a pessoa que conviveu ou convive com dependente químico, precisa saber o quanto é preciosa à informação, a sua história, a sua dinâmica com o drama, pois esta, quando colocada de forma franca, ajuda outras pessoas que estejam vivendo nas mesmas condições; manter esta postura, pode contribuir, quando ensina através das experiências vividas na prática, a enfrentar as tempestades, que sem dúvidas, são repletas de feridas e desilusões. A troca de informações, oferta discernimento SIM, como agir e ter atitudes com inteligência e estratégias.
O amparo, tanto para o usuário, como para quem “convive” com este é necessário, ou melhor dizendo:-“de suma importância”, porque em muitos lares, com o passar do tempo, se desencadeia uma FOBIA, que gera angustia e ansiedade. Ouvir testemunhas, enfrentar os medos, aprender com lições de vida alheias, contribui e muito a lidar com os desafios de uma dolorosa realidade. Embora, o problema chegue a afetar em casos específicos a sociedade como um todo, não se pode deixar de abordar nem se omitir, pois é fundamental conhecer mais sobre as DROGAS E SUAS CONSEQÜENCIAS, este tema pautado, tratará dos reflexos sociais futuramente, para a participação de todos os interessados no assunto.
Romper contatos, perpetua as dúvidas e pode atenuar um sério problema ao invés de esclarece-lo ou resolve-lo. Ás vezes com outras bases, pode ser encontrando os elementos necessários para se refazer, recuperar as forças e tratar com amor e de forma racional “aquele, ora viciado” que precisa se reencontrar e para isso, é preciso perspicácia, muita força de vontade, argumentação, e adaptação.