As cores, as luzes, os pacotes, a propaganda, o bulício das ruas, as decorações, as árvores repletas de luzinhas, a frente das casas com alusões iluminadas, as músicas, o clima, tudo lembra o Natal que, desde há alguns anos, chega bem antes de dezembro por obra e graça do comércio, que quer vender mais e estimula as pessoas a cosumirem mais, a comprar mais,queimando o décimo terceiro...compre hoje e só pague em janeiro...descontos em percentuais enganosos...técnicas de venda que são arremessadas aos compradores como enormes teias para captura-los...
E a história se repete ano após ano. E as pessoas, rio vivo e multifacetado, espalha-se pelas ruas dos grandes centros urbanos, olhando vitrinas, fazendo contas, comprando e comprando cada vez mais.
E eu fico aqui com os meus cismares, pensando nesta onda humana que acontece sempre nesta época do ano, disputando lugar nas lojas e nos supermercados, hipnotizada pela policromia que a habilidade diabólica dos vitrinistas e especialistas em propaganda preparam para faze-la cair na armadilha.
E, cá comigo, peço a Deus que incuta nos homens, criados à sua imagem e semelhança, idéias de amor e de paz, para que o mundo seja mais justo, mais humano, mais preocupado com a sortedos infelizes que estão espalhados por todos os quadrantes da terra, bem diante dos nossos olhos...
Que o bom velhinho, neste Natal, traga para todos os pobres um pouco mais de alento, um pouco mais de fraternidade, um pouco mais de amor.