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Artigos-->UMA SAÍDA ANTIBÍBLICA EM FAVOR DA BÍBLIA -- 17/01/2005 - 08:37 (BELA DONA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Antigamente, a negação de uma letra da Bíblia era um pecado imperdoável. Agora, entretanto, cristãos já comparam seus contos a “Chapeuzinho Vermelho”, Hino Nacional”, etc. O que para os escritores do Novo Testamento era literal, para cristãos atuais é figurado. Mas devemos admitir que isso é a única saída que têm.



“Você como cristão não é obrigado nem a aceitar nem a recusar a teoria da evolução. Também não precisa acreditar que o primeiro homem se chamou Adão e a primeira mulher Eva, porque não é isso que Deus nos quer ensinar através da Bíblia. Adão em hebraico significa simplesmente "homem" e Eva significa "mãe dos viventes". E por causa do seu pecado, Adão e Eva são expulsos do paraíso, onde viviam felizes juntos de Deus. É uma imagem das conseqüências da recusa de Deus e do seu amor.



De fato, a cena da serpente tentando Eva a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal emprega uma linguagem figurada, como a que se usa na poesia ou mesmo nas histórias para crianças. Ninguém deve pensar que uma serpente falou e que o pecado de Adão e Eva consistiu em comer uma fruta. Mas, através dessas imagens, a Bíblia nos oferece um ensinamento religioso muito profundo.



Este é o verdadeiro sentido da história de Adão e Eva. A Bíblia não é um livro científico nem uma história como qualquer outra. É um livro religioso. Só pode ser entendida quando Você procura nela a mensagem de Deus para sua vida."

(João A. Mac Dowell S.J.) (CAIM E ABEL – 2º ATO -- 11/01/2005 - 01:16 (Lauro Denis)).



O que ocorre é que, vendo a impossibilidade de harmonizar os contos bíblicos com a realidade cientificamente comprovada, muitos cristãos estão considerando figuras muitas coisas que os cristãos primitivos diziam ser realidade incontestável.



Na primeira carta aos coríntios, Paulo disse:

“Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados” (I Coríntios, 15:21, 22). Não nos parece aqui que Paulo pensasse que Adão fosse apenas uma figura, uma vez que Cristo para ele não era uma figura. Se um homem era real, necessariamente o outro deveria sê-lo.



Vejamos os registros de outro cristão:

“Ora, Jesus, ao começar o seu ministério, tinha cerca de trinta anos; sendo (como se cuidava) filho de José, filho de Eli; Eli de Matate, Matate de Levi, Levi de Melqui, Melqui de Janai, Janai de José, José de Matatias, Matatias de Amós, Amós de Naum, Naum de Esli, Esli de Nagai, Nagai de Maate, Maate de Matatias, Matatias de Semei, Semei de Joseque, Joseque de Jodá, Jodá de Joanã, Joanã de Resa, Resa de Zorobabel, Zorobabel de Salatiel, Salatiel de Neri, Neri de Melqui, Melqui de Adi, Adi de Cosão, Cosão de Elmodã, Elmodão de Er, Er de Josué, Josué de Eliézer, Eliézer de Jorim, Jorim de Matate, Matate de Levi, Levi de Simeão, Simeão de Judá, Judá de José, José de Jonã, Jonã de Eliaquim, Eliaquim de Meleá, Meleá de Mená, Mená de Matatá, Matatá de Natã, Natã de Davi, Davi de Jessé, Jessé de Obede, Obede de Boaz, Boaz de Salá, Salá de Nasom, Nasom de Aminadabe, Aminadabe de Admim, Admim de Arni, Arni de Esrom, Esrom de Farés, Farés de Judá, Judá de Jacó, Jacó de Isaque, Isaque de Abraão, Abraão de Tará, Tará de Naor, Naor de Seruque, Seruque de Ragaú, Ragaú de Faleque, Faleque de Eber, Eber de Salá, Salá de Cainã, Cainã de Arfaxade, Arfaxade de Sem, Sem de Noé, Noé de Lameque, Lameque de Matusalém, Matusalém de Enoque, Enoque de Jarede, Jarede de Maleleel, Maleleel de Cainã, Cainã de Enos, Enos de Sete, Sete de Adão, e Adão de Deus” (Lucas, 3: 23-38).



Uma linhagem humana com esses detalhes, ou é um grupo de pessoas que realmente existiram, ou o grupo total é apenas simbólico. Não há como dizer que uns são reais e outros apenas figuras.



Imaginem essa linhagem sob a ótica dos espíritas e do teólogo acima:



Adão e Eva não teriam sido os dois primeiros seres humanos, mas apenas um símbolo da humanidade primitiva. Conseqüentemente, “Sete” não teria existido, mas teria sido uma figura. Da mesma forma, “Enos”, “Cainã”, “Maleleel” e outros subseqüentes são apenas símbolos.



Seguindo a linhagem simbólica, necessariamente “José” e “Jesus” não deviam ser pessoas reais, mas apenas símbolos. Não será esse o caso de ninguém além dos apóstolos ter conhecido Jesus? Se ninguém nos dias de Jesus registrou nada sobre ele, vindo a existir menção a ele apenas décadas depois de seus dias, certamente ele foi uma figura imaginada pelos cristãos para ilustrar sua fé, assim como Adão, Eva, Sete, etc. são apenas figuras, “uma imagem das conseqüências da recusa de Deus e do seu amor”, como dizem alguns dos cristãos atuais.



Um outro cristão já equiparou a Bíblia a “Chapeuzinho Vermelho”.

“Para o teólogo, o relato mítico na Bíblia é uma forma de gravar-se mais facilmente a afirmação de fé de que Deus é o Criador e de que o homem é criatura divina. "Funciona um pouco como aquelas histórias de antigamente, que têm como objetivo ensinar as crianças a adotarem determinados comportamentos na sociedade. Conta-se a história de Chapeuzinho Vermelho não para que as crianças acreditem no Lobo Mau, mas, sim, para que elas aprendam a verdade fundamental que a história quer transmitir, que é a confiança nos mais velhos, diz ele.

...

"Se o ser humano descende do primata, como diz o darwinismo, ainda assim, a partir de certo ponto ele deixa de ser primata e passa a ser humano. Por que não enxergar nessa transformação um ato de criação de Deus?", afirma Manzato" (Revista das Religiões, julho/2004, págs. 53 e 54). (Mais detalhes).



É assim que os cristãos lutam pela defesa da chamada “PALAVRA DE DEUS”: atribuem-lhe o status de fábulas infantis, ao mesmo tempo que a chamam ‘A VERDADE’.



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