Saiu de moda. Talvez por cansaço, como é comum nas modas, talvez porque o noticiário econômico seja influenciado demais pelo governismo, e o dado é impiedoso. Mas o fato está aí: a dívida do governo, que é nossa porque somos os condenados a pagá-la, tem crescido assombrosamente. Mais de 30% em apenas 24 meses.
O governo Lula recebeu-a em R$ 623 bilhões e ao entrar neste janeiro já a elevava a R$ 812 bilhões. Obra da sua política de juros. Os títulos da dívida governamental são, hoje em dia, a melhor fonte de enriquecimento fácil.
Assim se explica a insignificância do investimento produtivo procedente do exterior e sua preferência pela chamada aplicação de curto prazo: aplica, recebe o lucro presenteado pelos juros sem iguais no mundo, e leva o dinheiro de volta. O lucro que vai embora é dinheiro que foi pago ao governo sob a forma de impostos e contribuições compulsórias, ou proveniente de mais aumento da dívida. É, portanto, um modo de empobrecimento da população e da economia do país.
Quando a dívida era um quinto ou um sexto da atual, costumavam defini-la como uma bomba relógio. Dívida que se tornava impagável e fatalmente levaria a estrangulamento de consequências atômicas. A definição desapareceu (lucros recordistas sempre preferem o silêncio), mas sua verdade é cada vez mais verdadeira.