Larry Rother - o correspondente do The New York Times no Brasil (leia-se praias do Rio, botequins de SP e Brasília, baladas em qualquer lugar). Pois desta vez, depois de ter se preocupado com as doses de caipirinha que o Lula toma nas churrascadas, agora o cavaleiro montado no seu cavalo branco deu de reparar nos gorduchos e gorduchas do Brasil.
Foi à praia e viu três mulheres roliças e avantajadas tomando sol, papeando, coisa e tal. Uma loura, outra ruiva e uma terceira, morena. Representantes da diversidade cultural e étnica brasileira, deve ter pensado o inteligente. Aí mandou tirar a foto.
E lá foi a foto com a "reportagem" (vamos chamar o rabisco assim) pro The New York Times, falando que as brasileiras comem muito doce e daí serem assim gordas... e para "ilustrar", mostra as fotos das três graças.
Só que... bem de acordo com a falta de responsabilidade jornalística do moleque Larry, as fotos não diziam respeito a nenhuma brasileira. As três mulheres eram turistas européias, bem nutridas e alimentadas, que vieram mostrar suas estéticas avantajadas em praias brasis. Elas parecem que não estão aí pras belezas e seus conceitos entre nós, os nativos. Gordura é parte da gente, então que se mostre - quem quiser que se ausente.
Mas a indiferença pelos conceitos de beleza no Brasil varonil não é a mesma que as moças - não tão moças assim - tiveram com o Larry e o jornal dele. Tacaram um bom processo por cima do homenzinho e da sua reportagem, pois publicou a foto sem a permissão das fotografadas.
Além do mais, mentiu, dizendo que eram brasileiras. Pois então, sinal de que não encontrou brasileiras gordas em nenhuma parte, e aí, teve de apelar. Mentir é a melhor solução para este homem que tem um cargo tão importante que é interpretar o Brasil para leitores do seu jornal. Que, aliás, dada a seqüência de escândalos e fraudes e tudo o mais, está cada vez pior em número de leituras pagas. Está ótimo para embrulhar peixe podre. - Têm o mesmo cheiro.