O crítico literário
Osório Borba, a pedido do “Diário de Minas” (10-VIII-1958), resume assim sua perícia crítica, apoiado também no
II Congresso Brasileiro de Escritores (1947): “Levo anos e anos pesquisando. Catei inúmeros defeitos de várias espécies, essenciais ou de forma. A conclusão de
minha perícia é totalmente negativa. Aqueles escritos ‘mediúnicos’, por quem quer que conheça alguma coisa de poesia ou literatura,
não podem ser tidos como de autoria dos grandes poetas e escritores a quem são atribuídos. Autores de linguagem impecável em vida aparecem ‘assinando’ coisas
imperfeitíssimas como linguagem e técnica poética. Os poetas ‘desencarnados’ se repetem e se parodiam, a todo o momento, nos trabalhos que lhes atribuem ‘mediunicamente’. Por exemplo, Antero de Quental plagiando (!) em idéia e até em detalhes, literalmente um soneto de Augusto dos Anjos. Tudo isso está exaustivamente documentado, através de um sem número de citações e confrontos”.
“As pessoas que se impressionam pela ‘semelhança’ dos escritos ‘mediúnicos’ de Chico Xavier com os deixados pelos seus indigitados autores, ou
são inteiramente leigas sem maior discernimento em matéria de literatura, ou deixaram-se levar
ligeiramente por uma primeira impressão. Se examinarem corretamente a literatura psicográfica verão que tal semelhança é de
pastiche, mais precisamente, de
caricatura. O pensamento das psicografias (de Chico Xavier) é
absolutamente indigno do pensamento dos autores a quem são imputados, e a forma em geral e a técnica poética,
ainda piores. E há inúmeros casos de parodia e repetição de temas, frases inteiras, versos, além dos plágios”.
“Por exemplo, Bilac aparece com sonetos
verdadeiramente reles, e incorretos,
pensamento primário, péssima linguagem, péssima técnica poética, que qualquer ‘Caixa de Malho’ recusaria. De Augusto dos Anjos, os poemas ‘mediúnicos’ repetem assuntos, pensamentos, versos e frases. Etc.”.
________________________________________
NOTA: Esse tópico é parte integrante de
“A VERDADE SOBRE CHICO XAVIER”, de
Oscar González-Quevedo, S.J., Professor, Doutor e Padre, Diretor/Presidente do
CLAP – Centro Latino-Americano de Parapsicologia,
“um dos centros parapsicológicos de maior prestígio a nível mundial”.