Técnicas indianas de sexo
Os indianos consideravam que as relações amorosas incorporavam todos os aspectos da existência humana. Logo, deveriam ser encaradas com toda seriedade e aberturas possíveis. O sexo não era digno de culpa ou vergonha, mas um caminho para a emancipação espiritual.
Os antigos manuais indianos - Kama Sutra, Khoka Shastra e Ananga Ranga, por exemplo - encaravam o sexo como algo a ser conhecido, praticado e desfrutado, não podendo ser aprendido da noite para o dia. Os mestres consideravam importante a capacidade de sentir o que excita uma pessoa e explorar isto para que o prazer sexual possa atingir seu ápice.
Sabendo que o amor pode às vezes se tornar monótono e enfadonho, os mestres consideravam o amor como um jogo, ou uma arte, que requer muito esforço para que continue forte e criativo. Os manuais surgem então com inúmeros conselhos de grande importância para uma relação plena.
Tal como os chineses, os indianos dão muito valor ao estabelecimento de um ambiente propício para se fazer amor. As carícias são também de grande importância para a conquista e a excitação do parceiro. Abraços e "contactos ligeiros e acidentais" são sugeridos, como o roçar do bico dos seios, sob uma blusa ou um vestido, no peito de um homem, ou então apertar o órgão enrijecido e não exposto de encontro à roupa de baixo da mulher, revelada ao se levantar a saia.
Beijar era também uma arte a ser praticada e aperfeiçoada. A língua era usada para simular um pénis, tocando o parceiro com movimentos lentos e ritmados. Morder os lábios era também recomendado. O beijo era ainda considerado como a forma ideal de se acordar o parceiro, sendo a pressão aumentada até que ele acordasse.
A utilização das unhas também era destacada. Cócegas e arranhões podiam aumentar a
excitação, sendo os arranhões leves ou não, de acordo com o consentimento de quem os recebe.
A fim de impedir que a monotonia, o tédio e a repetição se instaurassem, os autores dos manuais dedicavam grande espaço também para as posições sexuais. Como aparece no Ananga Ranga, "a principal motivação que faz com que os maridos procurem outras mulheres, e que as esposas procurem outros homens, é o desejo de prazeres diferentes e a monotonia que se segue à conquista."
Algumas posições do Ananga Ranga
Posições sentadas
A maioria das posições deste tipo compreende um homem sentado de pernas cruzadas em um tapete, com a mulher em seu colo, virada de frente para ele. Daí, ele poderá levantar as pernas dela até abaixo de seus braços e manobrá-la sobre seu pênis ereto. Uma abordagem um pouco diferente é o homem sentar-se com as pernas bem abertas e, depois da penetração, apertá-las de encontro às coxas dela.
Posições de pé
São apresentadas três sugestões. Na primeira (que exige que o homem seja bastante forte), ele levanta a mulher até a altura da cintura, apoiando-a com os cotovelos colocados sob a curvatura dos joelhos dela, enquanto ela se pendura pelos braços no pescoço dele. Um pouco menos
cansativo seria a mulher entrelaçar as pernas em volta da cintura do homem e os braços no pescoço dele. Para a terceira posição de pé, o homem precisa levantar somente uma das pernas até a sua cintura, deixando a outra para servir de apoio. Esta posição é tida como "particularmente prazerosa" para as mulheres mais jovens.
Penetração por trás
São duas sugestões, talvez, um pouco sem imaginação, embora a primeira tenha grande
significado religioso para os hindus.
A primeira consiste na mulher ficar de quatro, enquanto o homem se agacha por trás e a puxa para si. A segunda, A pose do elefante, é igualmente simplória, com a mulher deitando de bruços com a barriga encostada no chão.
Mulher por cima
Na posição Ao contrário, o homem deita-se de costas com a mulher por cima, barriga com barriga. Depois da penetração, ela curva um pouco as costas, aperta a cintura dele com as mãos, utilizando-as como ponto de equilíbrio para balançar as coxas em um movimento circular.
Mais avançada é a posição Gopalagirl (A que Ordenha a Vaca). Com o homem deitado de costas, a mulher senta-se de pernas cruzadas sobre ele, segura o pénis e insere-o nela. A partir daí, mexe com a cintura para cima e para baixo, entrando e saindo, ao mesmo tempo em que contrai os músculos vaginais, de modo a apertar o pénis do amante. Os mestres sugerem ainda que a mulher "sorria carinhosamente, demonstrando um pouquinho de vergonha, fazendo com que seu rosto fique tão encantador que seja difícil descrever".
CARLOS CUNHA : produções visuais
Visite a minha página clicando aqui
CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
dacunha_jp@hotmail.com |