Não o conheci pessoalmente. Ricardo Nacif Njaim era um escritor, um nome. Um dia, ele me escreveu, outro dia eu lhe mandei uma piadinha sobre Ubá (publicada aqui na Usina), ele voltou a me escrever, enfim, foi se criando uma amizade pela internet. Ele, sempre aberto, contente, "de bem com a vida", como se diz agora quando uma pessoa tem uma personalidade vibrante como a dele.
Amava os livros, a cultura, o saber. Tinha um enorme amor pela família. Sentia-se bem falando bem das pessoas.
O que estou escrevendo não pretende ser uma crônica elegíaca. É apenas o reflexo da minha tristeza por ele ter partido, e também da minha alegria, por tê-lo conhecido (ainda que apenas pelas letras). A morte dele é lastimável. Mas a vida e as vibrações otimistas, felizes, contentes, "de bem com a vida" - é o que ficará, ainda que emoldurados pela melancolia de não o ler mais aqui.
Minha condolências para a família orgânica e para a família literária - estamos órfãos do Ricardo.