a guerra, não? Já botou a ceroula e o camisolão de
dormir? Tomo o viagra? Na casa do ferreiro, o espeto é de pau, hein!"
(Lúcio)
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Já dizia o saudoso Vicente Mateus, do Corinthians, "quem entra na chuva é para se queimar!"
Respondendo aos "p(a)uteiros" que se autodenominam donos da Usina, apenas acabamos por nos molhar também. Molhar com o xixi que esses fogosos infantes vertem todo o tempo, infectando as páginas de Usina com seus mijos e peidos cheirosos. Isso quando não são afetados por caganeira geral, em que muitos acabam lambuzados também. Que o diga Mauro de Decca.
Caríssimo Lúcio:
Já opinei em "NY: navalha na cara" as causas do antiamericanismo: as guerras, invasões e ingerências americanas no mundo todo, ocasionando antipatia por Big Brother, não só de latino-americanos, mas também do mundo islâmico (especialmente depois da guerra contra o Iraque, em 1991 - um ato criminoso, no sentido de ter destruído todo o país, não apenas libertado o Kuwait).
O antiamericanismo continua, também, mais firme do que nunca entre as viúvas e os órfãos do stalinismo. Isso foi observado claramente na imprensa em geral e em Usina, quando muitos comemoraram as mortes de inocentes do atentado do dia 11 de setembro, juntamente com palestinos e muçulmanos em geral, gritando "bem feito!". Bin Laden passou a ser, para todo esse espectro esquerdista, o Che Guevara do século XXI.
Sobre a intolerância islâmica eu já havia opinado em "Jerusalém, ó Jerusalém". O que Paul Johnson escreveu nas páginas amarelas de "Veja" é apenas o que todo mundo já sabe há muito tempo: o Islã ainda está na Idade Média e não aceita a modernidade, como a liberação da mulher. E hoje em dia ninguém tem a face mais moderna do que os EUA - aí incluídos sua pujança econômica e seu desenvolvimento técnico-científico - este o lado bom -, como tudo de ruim que leva ao mundo, com seu consumismo desenfreado, com filmes que só pregam violência, sexo e drogas - este o pior lado.
Não esqueça que o islamismo é uma religião que prega o imperialismo. Antigamente, era a Igreja Católica que tinha a idéia fundamentalista ou imperialista de conquistar todo o mundo, até pela força. Depois surgiu o Movimento Comunista Internacional, que queria submeter toda a humanidade à doutrina socialista. Hoje, o islamismo ainda tem esse "fundamento" imperialista, quer seus líderes reconheçam abertamente, quer veladamente, como se pode constatar no fato de que nenhum "infiel" pode sequer pisar no "solo sagrado" islâmico (Arábia Saudita), muito menos entrar em Meca. (Aliás, o rancor de Bin Laden contra os americanos é exatamente por ainda terem tropas na Arábia Saudita.) Isto é um fato incontestável. Na teologia islâmica, o mundo não-muçulmano é um território de guerra. Ou seja, território a ser conquistado.
Sobre a intolerância americana, eu já havia escrito algo em "Diplomacia de cruzeiro", em que faço críticas vigorosas contra Tio Sam. Aliás, nada impede que amanhã os mísseis de cruzeiro atinjam as principais instalações industriais brasileiras. Basta que tenham um motivo para a covardia, o que não falta: questão indígena, ecologia, tráfico de drogas etc.
Quanto à guerra americana no Afeganistão, tenho minhas dúvidas sobre os resultados esperados - acabar com o terrorismo. O terrorismo é algo que não se acaba com uma paulada, da mesma forma que não se acaba definitivamente com a violência e o tráfico de drogas. Talvez essa guerra vá apenas incendiar ainda mais o mundo muçulmano. Já diz um ditado beduíno: "Eu contra meu irmão. Eu e meu irmão contra meu primo. Eu, meu irmão e meu primo contra o mundo".
Em todo o caso, os ataques americanos e britânicos contra o Afeganistão são apenas uma continuação do ocorrido no dia 11 de setembro. Falar apenas em paz, agora, pedir que os EUA fiquem inertes, sem combater a grave ameaça que continua pairando sobre sua cabeça, é pura demagogia e hipocrisia da esquerda. Infelizmente, piores tempos virão.