
993300>O mês de Abril de 2005, logo após o proclamado "dia dos enganos", abriu demasiadamente a sério: o Vaticano anunciou ao mundo o passamento do sumo-pontífice, o que num ápice concitou a atenção de todas as gentes. Tudo quanto até esse crucial momento poderia ser importante, de imediato passou para segundo plano. Uma montanha de mediáticos acontecimentos foram propositadamente adiados.
Entretanto e sem adiamento possível, o benquisto príncipe Rainier do Mónoco, hospitalizado em estado crítico havia alguns dias, não resistiu e também se finou, estava já exposto, e velado segundo a segundo por milhões de fieis, o cadáver de João Paulo II. Em suma, duas excelentes pessoas deixaram o problemático e conturbado mundo dos vivos.
Como seria soer dizer-se, o habitual "paz às suas almas", quanto a mim, não tem cabimento aqui: em paz difinitiva estão eles agora. De paz, sim, precisamos todos nós, principalmente aqueles que tão "simpaticamente" continuam a contribuir para a perturbação dos povos e que mais parece estarem-se deveras nas tintas para tão urgente e imperioso desiderato. Mas, adiante...
Leio algures que "entre dois funerais, o mundo pôde ontem - sábado - fazer uma pausa para assistir à união entre o herdeiro da coroa britânica e a sua amante de sempre".
Assim, perante a família, os amigos, a mais alta instância do país e mais ou menos meio-milhão de pessoas, estas através da televisão, Carlos e Camila admitiram os seus "numerosos pecados e imoralidades", solicitando o reparador perdão.
Bem... Perante os factos, que são mesmo de deitar as mãos à cabeça, dada a insensatez social dos protagonistas, até um santo terreno teria muitíssimas dúvidas em optar pela absolvição.
Enfim, assim vai o mundo. Para onde?... Haverá alguém que saiba ?...
António Torre da Guia
O Lusineiro |