Moda brasileira na Printemps-Haussmann, Milton Nascimento na Champs-Elyssées, Seu Jorge abafando sei lá onde. Tantas maiúsculas na Cidade-Luz deixam apenas impressões acanhadas em quem, estando por lá, via como destaque em todas as revistas uma exposição de artefatos indígenas levados do Brasil.
A moda na Printemps era apenas uma desculpa. Milton na Champs, um colorido irrelevante. Seu Jorge, delicadeza rasteira. A arte indígena, uma sacada falsamente liberadora.
Vi mais semblantes latinos entre os secundaristas que se manifestavam, em frente à Sorbonne, contra as reformas do BAC do que em todas as farsescas brasilidades de quem já deu certo - aqui, lá, tanto faz. Fala-se francês na livraria lusófona da place Paul Painlevé, e lá - como aqui - só se busca mesmo certo sucesso para superar o supremo tédio da decadência.