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Artigos-->NOITE NA ILHA -- 26/04/2005 - 14:39 (Jairo Nunes Bezerra ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NOITE NA ILHA



A lua na amplidão celeste com sua luminosidade opaca, assemelha-se

A um pneu em circulação. Apenas a sua florescência azulada fica

estabilizada. O Cruzeiro do Sul no céu límpido, com suas estrelas

distanciadas, o vai-e-vem das ondas propagando sons metálicos, tudo

acalma os meus nervos repletos de fantasias. Da floresta lateral, ouço

os trinados de vários pássaros. Fico inebriado com a realeza do

esplendor e pego o violão. À proporção que meus dedos dedilham as

cordas, canto “TANGO PARA TERESA” de Jair Amorim e Evaldo

Gouveia:



Hoje!

Alguém pôs a rodar

Um disco de Gardel no apartamento junto ao meu

Que tristeza me deu

Era, todo um passado lindo

A mocidade vindo da parede me dizer

Para eu sofrer

Trago a vida agora calma

Um tango dentro d´alma

A velha história de amor

Que no tempo ficou

Garçon, ponha cerveja sobre a mesa

Dandoneon, toque de novo que Teresa

Esta noite vai ser minha e vai dançar

Para eu sonhar



A luz do cabaré

Já se apagou em mim

O tango na vitrola

Também chegou ao fim

Parece me dizer

Que a noite envelheceu

Que é hora

De lembrar e de chorar





De alguns terraços dezenas de aplausos. E o poeta, que também é

Seresteiro, se emociona e recorda-se de sua fazenda “Nas quebradas

Das Serras”, distante, no interior de Goiás, onde as noites de serestas

eram rotinas. De sua voz maviosas, apenas sons graves. Falta-lhe

o aroma suave do vinho. E, a poucos passos, sobre a mesa, uma

garrafa vazia pontua mais um final de noite!



Ilha do Governador, Rio, 26/04/2005

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