As crianças, como se diz há tempos, são "o futuro da nação". Seria óbvio dizer que isso não se restringe à nossa nação, em específico. As crianças são, nesse caso, o futuro do próprio planeta. São portadoras de nossas esperanças de ver um mundo mais digno, pacífico e justo. Mesmo que ainda não estejam cientes dessa difícil tarefa.
Em nosso país, muito se fala a respeito das nossas crianças. Porém, pouco - ou quase nada - se faz de concreto para dar-lhes condições suficientes de educação e saúde. É evidente que me refiro às crianças carentes. Cujos próprios pais - crianças de outrora - não tiveram o que mereciam. Tiveram seus direitos tolhidos, assim como hoje é feito com suas crias. Mesmo que o poder legisvativo insista em criar leis e medidas provisórias de proteção e afirmação dos direitos da criança e do adolescente. Pois tais leis não transpassam do papel. Estão sempre engavetadas. Presas num tipo qualquer de realidade virtual onde tudo são flores. Mas a realidade é amargamente direfente.
Grande parte das crianças sofrem situações das quais, por lei, deveriam estar protegidas. Estatísticas oficiais mostram que ainda é alarmante o número de crianças longe de uma sala de aula. O que leva a maioria a ser escravizada em minas de carvão, semáforos, zonas de prostituição etc.
Para mostrar algum interesse no assunto, o governo lança campanhas e aprova projetos que pouco alteram o quadro. Claro, pois é muito pouco o que se faz. Não é suficiente para nos distanciarmos sequer meio metro da estaca zero.
Disse Olavo Bilac: "Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! Não verás nenhum país como este!" É verdade; as crianças jamais verão um país de tamanho descaso com seu próprio futuro.
NOSSO FUTURO É UMA CRIANÇA QUE, DEBAIXO DE UM VIADUTO, CHEIRA COLA PRA ESQUECER A FOME.